Presidente da Câmara de Gaia alerta para falta de dádivas de sangue no centro hospitalar

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Vila Nova da Gaia, fará hoje, no Dia Nacional do Dador de Sangue, uma dádiva no Hospital de Gaia como forma de alertar para a carência de sangue no centro hospitalar

Num comunicado cujo título é “Câmara alerta para carência de sangue no Hospital de Gaia”, esta autarquia fala das necessidades do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), o qual Eduardo Vítor visita hoje para fazer uma dádiva de sangue.

“Para se tornar autossuficiente no que se refere ao volume de sangue armazenado para transfusão, o serviço [de sangue do CHVNG/E] precisa de uma média de 40 colheitas por dia, um valor que ainda está longe de ser exequível”, refere o comunicado. Já o autarca aponta que com a sua dádiva e com a de outros responsáveis da vereação camarária “pretende mostrar que dar sangue deve ser uma responsabilidade de todos os cidadãos”.

“Se estamos aptos para o fazer, não devemos descartar essa possibilidade. Hoje por alguém que precise, amanhã por nós ou por alguém que nos é próximo. O Hospital de Gaia precisa de mais dadores e sinto que nos compete dar o exemplo”, afirma Eduardo Vítor Rodrigues, citado na nota.

Hoje assinala-se o Dia Nacional do Dador de Sangue, no entanto a autarquia destaca que “todos os dias são imprescindíveis para promover o valor social e humano da dádiva de sangue”, sublinhando o lema: “Use o poder que lhe corre nas veias e doe sangue”.

De acordo com dados recolhidos pela agência Lusa em agosto do ano passado, o Serviço de Sangue do CHVNG/E foi autossuficiente até 2007, mas agora tem capacidade para 89% das suas necessidades, pedindo 11% ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

Segundo o diretor de serviço, Manuel Figueiredo, neste intervalo, a unidade hospitalar registou “uma quebra em dádivas de sangue semelhante à que aconteceu em todo o país”, somando-se o facto do tipo de cirurgias que têm sido realizadas desde essa altura “serem mais sofisticadas, o que aumentou a necessidade de utilização de sangue”.

O responsável garantiu que nunca houve necessidade de atrasar cirurgias por falta de sangue, mas frisou a meta da autossuficiência e, a título de exemplo, contou que um doente politraumatizado pode precisar de mais de 30/40 unidades de uma só vez. Uma leucemia pode ‘gastar’ mais de 30 unidades. E um parto complicado pode exigir mais de seis unidades.

O serviço de dádivas de sangue do CHVNG/E tem estacionamento gratuito, está localizado à entrada do portão de acesso à urgência, o horário de funcionamento estende-se de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 18:30 e aos sábados, das 8:30 às 13:30. Os dadores têm acesso aos resultados das suas análises e ficam sempre a saber quando é que o seu sangue é utilizado.

LUSA/SO

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