17 Jul, 2023

Portugueses identificam potenciais biomarcadores da dor para ajudar doentes com demência

A descoberta é de um estudo que foi realizado com doentes seguidos pela Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos do ACES Gaia.

Portugueses identificam potenciais biomarcadores da dor para ajudar doentes com demência

“Estes resultados são animadores, na medida em que pretendem ultrapassar a atual dependência do autorrelato do doente para que se faça uma correta identificação e caracterização da dor, sendo que em muitos doentes não existe sequer esta hipótese ou o autorrelato pode estar enviesado”, lê-se em comunicado.

A equipa de investigação, constituída pelo estudante de doutoramento em Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) Hugo Ribeiro, pelo professor catedrático da FMUP José Paulo Andrade, e por mais seis investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (Marília Dourado, Ana Bela Sarmento Ribeiro, Manuel Teixeira Veríssimo, Ana Cristina Gonçalves, Joana Jorge e Raquel Alves), publicou no passado mês de junho o segundo artigo internacional com os resultados de 3 anos de investigação, em que identificaram vários biomarcadores no sangue periférico relacionados com a dor.

Caso se confirmem os biomarcadores identificados, trata-se “de um enorme passo na medicina da dor e nos cuidados geriátricos e paliativos, permitindo uma abordagem farmacológica dirigida e mais eficiente”. Na sequência desta investigação foram publicados dois trabalhos. No primeiro artigo são apresentados os biomarcadores plaquetares para a identificação da presença de dor (CD36, CD49f, CD61 e CD62p), assim como para a dor moderada-severa (CD40).

No segundo artigo, os monócitos são identificados como potenciais biomarcadores periféricos da presença de dor e algumas das suas proteínas membranares como potenciais biomarcadores da caracterização da dor (CD11c para dor mista; CD163 e CD206 para dor nociceptiva).

Texto: Maria João Garcia

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