Portugal encerra campanha mundial na área da insuficiência cardíaca

Portugal vai integrar o Acting on Heart Failure, uma campanha de sensibilização para a insuficiência cardíaca (IC) liderada por 21 associações de doentes de todo o mundo e que decorre em 40 cidades durante maio, mês do coração. O projeto mundial conta com o apoio das câmaras municipais e da Novartis.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca são as instituições nacionais que integram esta iniciativa, que tem como objetivos tornar a patologia como uma prioridade ao nível da política de saúde e sensibilizar a população para o impacto desta doença, que afeta 60 milhões de pessoas em todo o mundo e meio milhão em Portugal.

O projeto mundial conta com o apoio das câmaras municipais e da Novartis. Lisboa integra o leque das 40 cidades envolvidas no Acting on Heart Failure e encerra o programa de atividades a nível mundial, através de um ciclo de sessões de esclarecimento para a população sénior. A primeira sessão decorre no dia 30 de maio, às 11h00, na Universidade Internacional de Benfica e conta com a intervenção de profissionais de saúde, e doentes.

Para Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), “não existe cura para a insuficiência cardíaca e esta é considerada a principal causa de hospitalização em pessoas com mais de 65 anos. É preciso mudar o paradigma da doença em Portugal e no mundo, uma vez que cerca de 50% dos doentes morrem aproximadamente cinco anos após o diagnóstico. Com este projeto, esperamos mobilizar as entidades políticas e conseguir contribuir para inverter estas estatísticas, que são uma preocupação constante para a FPC.”

Vicente Moura, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca considera que “a insuficiência cardíaca tem sido uma condição amplamente negligenciada e subvalorizada nas políticas de saúde. O acompanhamento destes doentes nos cuidados de saúde primários representa para a economia nacional um custo médio anual de 552€ por doente (2014). Acreditamos que esta iniciativa, ao decorrer em todo o mundo, ganha força para pressionar as entidades governamentais a implementarem medidas que contribuam para melhorar a qualidade de vida destes doentes e simultaneamente baixar a carga económica que a doença acarreta.”

COMUNICADO

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