4 Ago, 2021

Instituto do sangue diz que reservas têm respondido às necessidades e são as habituais no verão

O IPST sublinha que as reservas de sangue têm mantido níveis de estabilidade “que permitem dar resposta às necessidades existentes”.

O Instituto Português do Sangue esclareceu hoje que as reservas de sangue têm mantido níveis de estabilidade que permitem dar resposta às necessidades e que os níveis de reserva atuais são os habituais para o verão.

“Presentemente, a situação no que respeita às existências de componentes sanguíneos encontra-se com reservas de sangue e componentes sanguíneos características do período de verão”, afirmou o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), em resposta à agência Lusa.

O IPST referiu que “é habitual verificar-se alguma instabilidade nas reservas de sangue no período do verão”, ao coincidir com os períodos de férias da maioria dos portugueses, e reforçou a necessidade da dádiva “regular e faseada ao longo do ano”, lembrando que nos hospitais portugueses são necessárias cerca de 1.000 unidades de sangue e componentes sanguíneos todos os dias.

“Nunca é demais relembrar que os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento (35 a 42 dias para os concentrados eritrocitários, 5 a 7 dias para as plaquetas) e que os dadores de sangue, sendo homens, só podem realizar a sua dádiva de três em três meses e, sendo mulheres, de quatro em quatro meses”, recorda o IPST.

Diz também que, no final da semana passada, os dias de reserva estratégica nacional, considerando as reservas existentes nos hospitais e no IPST, situavam-se entre os 19 e 52 dias para a reserva de concentrados eritrocitários dos hospitais e entre três e 29 dias para a reserva de concentrados eritrocitários do IPST.

Os grupos sanguíneos com reservas mais baixas são o “A negativo”, o “0 negativo” e o “B negativo”.

O IPST sublinha que as reservas têm mantido níveis de estabilidade “que permitem dar resposta às necessidades existentes”, reconhece que a pandemia provocou uma desaceleração no número de dádivas de sangue colhidas, mas lembrando que esta tem sido acompanhada pela quebra do consumo.

“No ano de 2020, claramente marcado pelo contexto de pandemia, observou-se uma redução de apenas 7% nas colheitas, que coincidiu com o abrandamento das atividades hospitalares, o que se traduziu num equilíbrio entre as colheitas e os consumos”, refere.

Segundo o instituto, entre janeiro e o final de junho de 2021, verificou-se um aumento de 15% no total de dádivas relativamente ao período homólogo do ano anterior.

“Realizaram dádiva pela primeira vez, até ao final de junho, 15 493 dadores, mais 75% do que no período homólogo de 2020”, acrescenta.

O IPST diz ainda que, face à situação de pandemia e impossibilidade de realizar sessões de colheita em unidades móveis tem procurado alternativas em espaços próximos das zonas de veraneio, mas lembra que “nem sempre é possível”.

Durante o mês de agosto irá decorrer, numa colaboração do IPST com a Cruz Vermelha Portuguesa, uma campanha de promoção da dádiva de sangue nas redes sociais que contará com diversas figuras públicas.

A informação do IPST surgiu depois de, na terça-feira, a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) ter apelado para a dádiva de sangue antes de férias, sublinhando a necessidade de sangue dos grupos O-, A- e B -, com reservas “muito em baixo”.

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