15 Jan, 2021

Hospital de Gaia prepara mais camas para eventual “súbito aumento de procura”

Atualmente o Centro Hospital de Gaia/Espinho tem internados em enfermaria 75 doentes Covid e 10 em cuidados intensivos.

O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) “reconverteu” uma enfermaria com 24 camas para receber doentes com covid-19, dando resposta a um possível “súbito aumento de procura”, indicou fonte daquele hospital.

Em resposta à agência Lusa, o CHVNG/E indicou que, “dado que é expectável um súbito aumento de procura”, foi reconvertida uma enfermaria que “permanece em ‘stand by’[espera] e será usada conforme a necessidade”.

Atualmente o CHVNG/E tem internados em enfermaria 75 doentes com infeção pelo novo coronavírus e 10 em cuidados intensivos.

Sem concretizar o número atual de camas de enfermaria, a mesma fonte indicou que a capacidade em cuidados intensivos é de 28 camas. “Em enfermaria, dada a flexibilização que o plano de contingência prevê, com abertura e fecho de enfermarias covid-19 em função da evolução da pandemia, não é possível indicar uma percentagem de ocupação”, explicou o CHVNG/E.

 

CHVNG/E trabalha numa lógica de “flexibilidade” e não tem plano de contingência em níveis

 

Numa semana em que Portugal regista máximos de casos de infeção pelo novo coronavírus e de mortes associadas à covid-19, o Ministério da Saúde enviou um despacho aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde com entrada em vigor imediata, no qual determinava que os hospitais passassem os seus Planos de Contingência para o nível máximo.

Esta determinação implica, na prática, maximizar a resposta da capacidade hospitalar à situação epidemiológica local, regional e nacional, bem como “suspender a atividade assistencial programada não urgente que possa reverter em reforço de cuidados ao doente crítico”.

Sobre esta matéria, o Centro Hospital de Gaia/Espinho esclareceu, na resposta à Lusa, que “não tem o plano de contingência estabelecido em níveis”, uma vez que trabalha numa lógica de “flexibilidade”.

O CHVNG/E indicou que, no que toca à atividade cirúrgica, desde terça-feira “está focada essencialmente na resposta aos doentes prioritários/emergentes”, enquanto “as consultas, o ambulatório e o Hospital de Dia continuam a funcionar de forma regular”.

“Obviamente, haverá uma redução substancial das cirurgias, e o que está a ser feito é uma programação realizada com menos tempo de antecipação, de forma a não gerar falsas expectativas nos utentes. Ou seja, há uma diminuição da marcação das cirurgias e não um cancelamento. A respetiva quantificação só poderá ser analisada a posteriori, por comparação com períodos homólogos”, referiu o CHVNG/E.

LUSA

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