2 Nov, 2021

Histórico cardiovascular pode auxiliar na definição das metas de PA sistólica e diastólica

Resultados revelam que as metas de PA deverão ser definidas consoante o histórico cardiovascular de cada individuo.

De acordo com um novo estudo, as metas ideais dos valores de pressão arterial (PA) sistólica e diastólica podem ser definidas através do histórico cardiovascular de cada indivíduo. A investigação foi publicada no Journal of the American College of Cardiology.

De um modo geral, as diretrizes atuais para a manutenção da PA recomendam valores abaixo de 130/80 mm Hg. No entanto, segundo explicam os autores do estudo, estes níveis são baseados em estudos que avaliaram a PA sistólica e diastólica de forma independente, sendo fundamental compreender de que modo o histórico cardiovascular individual pode auxiliar na definição dos valores ideias para cada pessoa.

Neste sentido, a equipa de investigação procurou usar dados de um ensaio focado no tratamento anti-hipertensivo, para avaliar os padrões de risco para eventos cardiovasculares e mortalidade por todas as causas através da análise dos respetivos valores de PA sistólica e diastólica.

Para este estudo, os investigadores incluíram 33 357 participantes com 458 079 medições de PA total. Entre o período de acompanhamento (4,4 anos), 24,4% destes indivíduos experimentarem um ou mais desfechos primários – morte por todas as causas, insuficiência cardíaca (IC), enfarte agudo do miocárdio (EAM) ou acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo revelou a sua análise, quando a PA sistólica e diastólica foram avaliadas em simultâneo, foram encontrados padrões de risco diferentes dependendo dos resultados. A título de exemplo, na análise estratificada, os níveis de risco para o desfecho primário entre os participantes com menos de 65 anos estavam em níveis mais baixos de PA em comparação com participantes com 65 anos ou mais (122/82 mm Hg vs. 133/78 mmHg, respetivamente).

“Os nossos resultados sugerem que as metas de PA podem precisar de ser modificadas, dependendo do evento cardiovascular para o qual o paciente está em maior risco”, observaram os autores do estudo. “Por exemplo, para uma determinada pessoa com histórico de AVC, uma redução mais agressiva da PA pode ser justificada, enquanto para a pessoa com histórico de EAM, deve-se tomar cuidado para evitar a redução excessiva da PA diastólica”.

Conheça o estudo na íntegra aqui.

SO

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