Greve de médicos está dependente de mais uma reunião com o Ministério da Saúde

A FNAM está disponível para mais uma reunião com o Ministério da Saúde (MS) no próximo dia 17 de julho, às 15h. “Não era o cenário que desejávamos, não foi o resultado pelo qual temos vindo a lutar, mas o governo, por via do MS, não foi ainda capaz de apresentar um acordo à altura das necessidades do SNS.”

O Ministério da Saúde pediu uma última reunião com as duas estruturas sindicais médicas, a FNAM e o Sindicato Independente dos Médicos, para apresentar uma proposta escrita, que, segundo Manuel Pizarro, “terá em conta parte importante das reivindicações que a FNAM tem vindo a defender”.

“Face a esse compromisso, e porque, da nossa parte, haverá sempre margem para um último esforço, confirmamos a nossa disponibilidade para esse momento, que fazemos votos que não seja apenas um simulacro”, diz Joana Bordalo e Sá, dirigente da FNAM, em comunicado.

“Assinaremos um acordo e reverteremos a greve do dia 1 e dia 2 de agosto, caso se reverta a perda de direitos dos médicos, se avance para uma definição precisa do que se entende por dedicação plena, se garanta a equidade entre as várias áreas médicas e que se assegure que a Saúde Pública não continua esquecida”, acrescenta.

A Federação realça que o mesmo se aplica à integração dos médicos internos no primeiro nível da carreira médica, no recuo face ao aumento das horas extraordinárias e à salvaguarda dos descansos compensatórios. Caso tal não se verifique, a FNAM diz que “não tem outra alternativa do que a de continuar e aprofundar as formas de luta, no volume e intensidade que se revelem necessárias para salvaguardar um SNS capaz de servir os utentes nas melhores condições a que têm direito”.

Texto: Maria João Garcia

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