Ficaram por fazer 1,4 milhões de consultas médicas no SNS
Os dados foram avançados pela ministra da Saúde, tendo em conta o período de 16 de março até ao final de abril.
A suspensão da atividade programada, para o SNS se concentrar no combate à pandemia de covid-19, gerou números “muito preocupantes”, referiu ontem Marta Temido no Parlamento.
Para além das cerca de 1,4 milhões de consultas médicas que ficaram por fazer, somando as dos centros de saúde e dos hospitais públicos, foram ainda adiadas 51 mil cirurgias e fizeram-se menos 2.500 cirurgias oncológicas do que no mesmo período de 2019.
O número de atendimentos em urgência também sofreu uma queda substancial, com menos cerca de 400 mil atendimentos, contabiliza a ministra.
De forma a recuperar o tempo perdido, 36 hospitais já apresentaram planos para um regresso gradual à normalidade e foram reagendadas 40% das consultas e 30% das cirurgias programadas.
Sobre esta redução de atividade programada do SNS, Marta Temido lembrou ainda que “o SNS não fechou a porta”, enquanto “muitos privados puderam fazê-lo”, uma vez que tiveram a possibilidade de recorrer ao layoff, ao contrário do SNS.
SO/Público
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