19 Jul, 2018

Dermatologistas portugueses e africanos cooperam pela saúde da pele

Motivando uma relação de aproximação a outras comunidades Portuguesas e elevando a partilha de conhecimento e técnicas na área de dermatologia, a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) construiu um programa alargado de formação científica para dermatologistas portugueses e africanos da lusofonia, no qual se insere a missão de formação e apoio assistencial a São Tomé e Príncipe, a decorrer entre 16 a 20 de julho.

Este encontro marca a partilha de experiência entre os diferentes dermatologistas portugueses, angolanos e moçambicanos com uma formação científica para médicos São Tomenses. Na sequência do encontro, vão observar doentes nos diferentes distritos de São Tomé e fazer tratamentos cirúrgicos no hospital central de São Tomé.

António Massa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venerologia justifica a iniciativa expondo que “em Portugal existem cerca de três centenas e meia de Dermatologistas e meia centena de Médicos em formação, o que permite estabelecer uma razoável rede nacional de cuidados de Dermatologia. Contudo, em muitos países do continente Africano o acesso a formação e à saúde da pele ainda está em desenvolvimento. Por isso, o apoio de países nesta área da saúde, com conhecimentos da língua e da cultura, como Portugal, é fundamental e muito bem-recebido”.

O presidente da SPDV revela que “de modo regular vai haver encontros entre dermatologistas dos PALOP e Portugal para atualização e troca de experiências, numa lógica de partilha fraterna de vivências em que os colegas de África fornecem o valor da sua experiência em dermatologia tropical e os de Portugal transmitem a experiência da vida clínica na Europa”.

O programa de assistência e formação a estes países, conta também com uma bolsa de formação solidária, com uma duração de cerca de 4 semanas, em Portugal, destinada a médicos internos do último ano, provenientes de cabo verde, moçambique e angola. 

Em complemento a estas iniciativas, a SPDV estabeleceu um protocolo de cooperação com a Kanimambo para apoio a doentes albinos em Moçambique. Neste âmbito, vão ser feitas cirurgias a albinos com cancro de pele avançado, no hospital Central de Maputo e no hospital Central de Nampula, bem como, vai ser iniciada uma campanha de educação para mudar o cariz estigmatizante da doença.

Todo este programa de cooperação envolve como parceiro da SPDV o Instituto do Marquês de Valle Flor cuja experiência de décadas na África da lusofonia é fundamental para a concretização.

COMUNICADO/SO

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