12 Mar, 2018

Covilhã vai ter Unidade de Cardiologia de Intervenção

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou na passada sexta-feira, 9 de março, a criação de uma Unidade de Cardiologia de Intervenção na Covilhã, dando resposta às necessidades dos doentes cardíacos na região.

“É demasiado importante aqui ter uma unidade que responda às necessidades agudas de doentes cardíacos, que precisam de angioplastia primária e naturalmente que têm de ter uma resposta em tempo útil”, afirmou o governante, numa sessão realizada no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), que acolherá a nova unidade.

Adalberto Campos Fernandes salientou que espera que a nova unidade esteja pronta até ao final do verão e lembrou que nesse momento está completa a rede nacional de unidades de cardiologia de intervenção.

Segundo especificou, este investimento, cujo montante poderá rondar entre um milhão a dois milhões de euros, enquadra-se numa estratégia do reforço do investimento que a tutela está a levar a cabo em equipamentos e infraestruturas e é também exemplo de que o “Governo considera o Interior uma prioridade política”.

“O empenho do Governo é total para darmos a esta região do país, não apenas ao CHCB, mas a todo o Interior, a valorização e as condições de vida que aqueles que vivem merecem”, salientou, sublinhando que o país não pode continuar a ser um território “desequilibrado”.

A presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), Rosa Reis Marques, frisou a importância desta nova unidade, uma vez que esta região da Beira Interior “era a única zona do país sem acesso a angioplastia primária em tempo útil”, procedimento que “é a melhor forma de tratamento do enfarte agudo do miocárdio”.

Segundo disse, todos os anos são feitas cerca de 600 intervenções coronárias e 1.000 cateterismos em doentes provenientes do CHCB e dos hospitais de Castelo Branco e da Guarda, situação que passa a evitar-se, bem como as “deslocações onerosas” e as “complicações que podem decorrer de um transporte demorado de um doente instável”.

Mais-valias que também são apontadas pelo presidente do conselho de administração do CHCB, João Casteleiro, que destacou que esta é “a concretização de um projeto absolutamente estratégico para toda a região”. “Isto não é um projeto só do CHCB, é um projeto nacional. Esta era a única zona de sombra nesta área da cardiologia e, portanto, naturalmente, que isto é um projeto que interessa a todo o país”, sublinhou.

Presente na cerimónia, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, também se mostrou satisfeito com a resposta a uma reivindicação que vinha de há muito, mas não deixou de lembrar outros anseios regionais na área da Saúde, nomeadamente o alargamento do número de camas dos Cuidados Continuados e a concretização da Unidade de Medicina Nuclear, que integrando o CHCB, está projetada para o Fundão.

Questionado sobre esta questão no final, Adalberto Campos Fernandes explicou que essa unidade ainda está em fase de estudo. “À semelhança do que fizemos com a Cardiologia de Intervenção, temos de estudar, analisar e responder em função das redes nacionais e, portanto, a atenção e o interesse existem, mas sobre a unidade não estou em condições de dar uma resposta hoje”, afirmou.

A passagem do ministro da Saúde no CHCB está enquadrada numa visita a unidades de saúde da região Centro. Durante a manhã, o governante também esteve no Hospital Amato Lusitano em Castelo Branco e para a tarde tinha marcada uma visita ao Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia, seguindo depois para Oliveira do Hospital, onde inaugura uma nova unidade de saúde local.

LUSA/SO

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