22 Out, 2020

Corrida às farmácias intensifica-se. Rui Nogueira critica atitude de Marcelo

"Ir a correr, no primeiro dia, fazer a vacina é tudo aquilo que não se deve fazer", sublinha o presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar.

Com receio de que o stock de vacinas para a gripe se esgote e com a pandemia de Covid-19 a ganhar força, milhares de idosos têm feito, nos últimos dias, fila à porta das farmácias para garantir que lhes é administrada a vacina.

A segunda fase de vacinação iniciou-se na passada segunda-feira, abrangendo pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos. Um pouco por todo o país, mas sobretudo na região da Grande Lisboa e do Grande Porto, muitos idosos têm esperado à chuva para serem imunizados contra o vírus influenza.

Para o Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a corrida às farmácias não faz sentido, uma vez que há suficientes doses de vacinas para todos. “Todos os anos sobram vacinas“, diz Rui Nogueira, em declarações ao jornal i.

 

cuidados de saude primarios

Dr. Rui Nogueira, presidente da APMGF

 

O presidente da APMGF critica a iniciativa de Marcelo Rebelo de Sousa, que se tomou a vacina logo no primeiro dia. “Ir a correr, no primeiro dia, fazer a vacina é tudo aquilo que não se deve fazer. É uma mensagem desadequada, [porque] pode ser interpretado como algo que tem de ser feito imediatamente”, sublinha, acrescenando que teria sido útil se o Presidente da República o fizesse “em meados de Novembro “para lembrar aqueles que estivessem esquecidos”.

Rui Nogueira diz que não é possível vacinar dois milhões de pessoas em apenas duas semanas e lembra que, nos centros de saúde, a vacina é administrada gratuitamente aos grupos de risco.

TC/SO

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