Centros de Responsabilidade Integrada são “uma mais-valia” na depressão, diz especialista

Henrique Prata Ribeiro, psiquiatra no Hospital Beatriz Ângelo – ULS Loures/Odivelas, aborda a importância da organização em modelo de centro de responsabilidade integrada (CRI) no diagnóstico e tratamento da depressão.

Centros de Responsabilidade Integrada são “uma mais-valia” na depressão, diz especialista

Melhorar a articulação e a comunicação entre cuidados hospitalares e primários são duas das mais-valias da criação de  centros de responsabilidade integrada (CRI) na área da Psiquiatria e Saúde Mental, segundo Henrique Prata Ribeiro. “É importante que haja esta interligação na área da saúde mental, porque os médicos de família são, regra geral, o primeiro contacto quando a pessoa precisa de ajuda.”

O objetivo dos CRI passa, ainda, pela formação do especialista em MGF, para que se otimizem as referenciações para unidade hospitalar. “No caso da depressão, só se deve encaminhar o doente para a Psiquiatria, após uma 1.ª e 2.ª linha de tratamento”, indica o psiquiatra da ULS Loures-Odivelas.

Para o especialista, a comunicação e a proximidade entre as especialidades vai permitir melhores resultados e uma resposta mais adequada e atempada a uma doença que afeta cada vez mais pessoas no mundo inteiro.

De acordo com os últimos dados, um quinto da população portuguesa sofre de uma perturbação psiquiátrica (22,9%) e Portugal é o segundo país com a mais elevada prevalência de doenças psiquiátricas da Europa. Com uma carga global de mais de 11%, a depressão é uma das mais prevalentes, afetando cerca de 50 milhões de pessoas na Europa e 300 milhões em todo o mundo.

Lembre-se que, em fevereiro, o Governo anterior avançou com a criação de CRI em 15 ULS. O objetivo é melhorar o cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), já que mais de metade dos casos de Psiquiatria “muito prioritários” não eram cumpridos, de acordo um relatório da Entidade Reguladora da Saúde.

As ULS abrangidas num projeto-piloto foram a ULS de Amadora/Sintra, Arco Ribeirinho (Barreiro/Montijo), Baixo Alentejo, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Lisboa Ocidental, Loures-Odivelas, Matosinhos, Médio Tejo, Nordeste (Bragança), Oeste, Região de Aveiro, Santo António e Tâmega e Sousa.

MJG

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