Taxa de contágio em Portugal baixou para 0,9; especialistas apontam 0,7 como objetivo

Com “a introdução de medidas de contenção, verificou-se uma diminuição do risco de transmissibilidade, que se situa agora, face à média dos últimos cinco dias, nos 0,91”, disse a ministra da Saúde disse na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia no país.

Marta Temido referiu que se trata de uma descida significa, uma vez que, entre 21 de fevereiro e 16 de março, o número médio de casos gerados a partir de uma pessoa infetada era de 2,08.

“São números que nos encorajam, mas também nos responsabilizam”, disse Marta Temido. De acordo com a ministra, os dados até agora recolhidos “continuam a permitir estimar que o máximo da incidência [da pandemia em Portugal] tenham ficado no passado, entre os dias 23 e 25 de março”.

Embora as próprias autoridades de saúde avisem que não existe um Ro definido para se começar a levantar as medidas restritivas, a verdade é que os peritos que aconselham o governo dizem que um Ro de 0,7 já permitiria um regresso à normalidade com alguma segurança, avança o jornal Expresso.

Um valor dessa dimensão garantiria, por um lado, que o número de novos casos se manteria baixo e controlado, o que não criaria, por outro lado, uma pressão excessiva sobre os hospitais, que até agora têm dado uma boa resposta aos efeitos da pandemia de Covid-19. Na última reunião com o governo, os peritos do Instituo Ricardo Jorge e da DGS referiram o exemplo da Noruega, que começou a levantar restrições quando o Ro deixou da barreira de 0,7.

TC/SO

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