10 Set, 2025

Tumores malignos foram das principais causas de morte na Madeira em 2023

Os tumores malignos representaram uma das principais causas de morte na Madeira em 2023, sobretudo entre os 30 e os 74 anos, totalizando 649 óbitos, segundo dados da Direção Regional de Estatística (DREM).

Tumores malignos foram das principais causas de morte na Madeira em 2023

Em 2023, ocorreram 2.791 óbitos de residentes na Região Autónoma da Madeira, menos 10,1% face a 2022 (3.104 mortes), indicou a Direção Regional de Estatística (DREM). Os tumores malignos destacaram-se entre as principais causas de morte, em especial nos grupos etários entre os 30 e os 74 anos.

No grupo dos 25 aos 64 anos, registaram-se 514 óbitos, dos quais 182 foram provocados por tumores malignos, 107 por doenças do aparelho circulatório e 59 por causas externas de lesão e envenenamento. Já entre os 65 e os 84 anos, verificaram-se 1.252 mortes, com destaque para 339 por tumores, 313 por doenças do aparelho circulatório – incluindo 102 por doenças isquémicas do coração – e 186 por doenças do aparelho respiratório, das quais 94 por pneumonia.

Entre os mais idosos, com 85 ou mais anos, foram contabilizados 1.010 óbitos, sobretudo devido a doenças do aparelho circulatório (298) e respiratório (200, incluindo 114 por pneumonia).

A análise da DREM mostra ainda que os tumores malignos corresponderam a 649 óbitos em toda a região (23,3% do total), sendo apenas ultrapassados pelas doenças do aparelho circulatório, responsáveis por 25,8% das mortes.

No plano demográfico, 1.369 óbitos foram do sexo masculino (49,1%) e 1.422 do sexo feminino (50,9%), correspondendo a uma relação de 96,3 óbitos masculinos por cada 100 femininos, valor inferior ao registado a nível nacional (100,4). A taxa de mortalidade na Madeira fixou-se em 10,9‰, ligeiramente abaixo da média do país (11,2‰).

Em termos de mortalidade infantil, registou-se a morte de uma criança com menos de 1 ano, equivalente a uma taxa de 0,6‰, inferior à de 2022 (1,7‰). Ocorreram ainda quatro óbitos de crianças entre 1 e 14 anos – dois por tumores malignos – e 10 mortes entre jovens dos 15 aos 24 anos, três delas devido a acidentes de transporte e três por tumores.

A nível municipal, Funchal concentrou 1.224 óbitos (43,9%), seguido de Santa Cruz (376 óbitos, 13,5%) e Câmara de Lobos (266 óbitos, 9,5%). Estes três concelhos representaram, em conjunto, 66,9% das mortes no arquipélago. Em contraste, Porto Santo (53), Porto Moniz (55), São Vicente (82) e Santana (94) registaram menos de 100 óbitos cada, totalizando 10,2% do total regional.

LUSA/SO

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