20 Nov, 2024

Transformação e crescimento: mais de 40 novos sócios e uma comunicação reforçada

O presidente da SPCP faz “um balanço fortemente positivo” sobre os seus dois anos de mandato, destacando a modernização da comunicação, novas publicações, parcerias internacionais e o foco na formação. Ações que resultaram no crescimento de 40 novos sócios. No entanto, Castro Poças lembra que a Coloproctologia enfrenta desafios como o envelhecimento populacional e os constrangimentos do SNS."

Que balanço que faz destes quase dois anos de mandato como presidente da sociedade?
Um balanço fortemente positivo! Esta Direção estabeleceu desde o início uma série de prioridades para o desenvolvimento da SPCP que assentavam, entre outras, na difusão e promoção da Coloproctologia junto de todos aqueles que têm interesse pela área, concorrendo dessa forma para o crescimento e divulgação da Sociedade. Dinamizamos as formas de comunicação. Com efeito, uma aposta no investimento no nosso sítio de internet, que foi completamente remodelado, a comunicação mensal com os sócios através do envio de três newsletters (SPCPnews, Artigos do Mês e Caso Clínico do Mês), a colaboração com órgãos de comunicação da área da saúde (de que a SaúdeOnline é exemplo), constituíram objetivos que foram alcançados. Criámos o prémio do melhor caso clínico do mês. Promovemos assim, um contacto mais próximo e permanente com os sócios e aumentamos a literacia em Coloproctologia junto do público em geral (através de artigos dirigidos especificamente a esse público, disponíveis no nosso sítio da Internet). Demos também voz aos doentes, com a participação da APPDI (Associação Portuguesa para a Disfunção Pélvica e Incontinência) numa das reuniões regionais.

Outra das nossas prioridades conseguidas foi a publicação regular de Recomendações sobre patologia coloproctológica. Ficaram disponíveis no sítio da Internet.

Estabelecemos parcerias com Sociedades Científicas nacionais e internacionais. Nesta última, destacamos a estabelecida com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, que permitiu, entre outros, a inclusão de 4 sócios da SPCP no corpo editorial do Journal of Coloproctology, bem como a publicação de artigos científicos, por especialistas portugueses, naquele Jornal e promovendo o alcance internacional daqueles. Esta revista passou a ser o órgão oficial de publicação científica da nossa sociedade.

A área da formação, quer para internos das especialidades de Cirurgia e de Gastrenterologia, quer para especialistas de Medicina Geral e Familiar, foi outra área prioritária desta Direção. Promovemos assim, várias reuniões regionais, descentralizadas, no território continental. É óbvio que foi dada particular atenção aos Congressos Nacionais de Coloproctologia, com programas de elevado nível científico, focados no estado da arte das várias patologias coloproctológicas e abertos ao que se perspetiva no futuro. Neste âmbito quero salientar a criação do Núcleo de Inteligência Artificial da SPCP. Neste campo, entre outros, publicamos um artigo sobre o estado da arte da IA em coloproctologia, em revista de referência.

Penso ainda que o que esta Direção deixou junto dos seus sócios, também se refletiu nas múltiplas candidaturas a bolsas de investigação e de estágio, bem como no aumento em mais de 40 novos sócios, num universo de 600.

 

Que desafios ou oportunidades enfrenta atualmente a Coloproctologia em Portugal, e de que forma a Sociedade está a trabalhar para melhorar o panorama da especialidade?
Os desafios e as oportunidades que se colocam à Coloproctologia em Portugal não são diferentes dos que se colocam a outras especialidades médicas. Uma população cada vez mais envelhecida e a necessitar de cuidados médicos, os vários constrangimentos que se colocam ao Serviço Nacional de Saúde, os custos dos cuidados de saúde, constituem desafios que diariamente têm impacto no exercício de uma medicina de qualidade na área da coloproctologia.

A SPCP está atenta às transformações que vão tendo lugar e a sua prioridade deve ser proporcionar apoio aos internos de formação especifica e especialistas, na medida das suas possibilidades. A sua ação deve passar pela disponibilização de informação o mais atualizada e cientificamente rigorosa possível, pelo investimento na formação pós-graduada e por proporcionar um fórum de eleição que os gastrenterologistas e os cirurgiões dedicados à coloproctologia possam utilizar para apoio, discussão e promoção da sua atividade.

 

Sílvia Malheiro

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