Técnicos de emergência médica criticam falta de formação dos operacionais em casos de choque anafilático
A reação surge após a morte de um homem com 72 anos de idade no passado dia 21 de agosto no concelho de Viana do Castelo, após um choque anafilático, possivelmente associado a picada de vespa asiática.
A ANTEM – Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica critica o facto de os operacionais das ambulâncias, mesmo as do INEM, não terem todos formação sobre administração de epinefrina intramuscular (em caneta pré-doseada) em casos de choque anafilático. “Lamentavelmente nenhuma das equipas das unidades de resposta (ambulâncias), se encontram habilitadas a proceder à administração deste fármaco.”
No caso particular do INEM, a ANTEM refere, em comunicado, que “alguns dos seus operacionais já são detentores do conhecimento para proceder à sua administração, mas não o detém nas suas unidades de resposta”.
A situação de Alvarães é vista pela associação como mais um exemplo de que, “sem sombra de dúvida”, falta formação em Paramedicina/Medicina Pré-Hospitalar. “Continuamos a defender o avanço da introdução da Paramedicina e de um modelo de educação de nível superior em Portugal, bem como, a criação de uma Comissão de Inquérito Parlamentar, a fim de serem apuradas situações como esta e outras que se afiguram de igual gravidade.”
Texto: Maria João Garcia
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