Porto resolve 82% dos pedidos nos centros de saúde

Desde que assumiu a gestão dos centros de saúde ao abrigo da descentralização de competências em 2023, a Câmara Municipal do Porto resolveu 82% dos pedidos de manutenção recebidos.

Na reunião extraordinária da Assembleia Municipal, convocada pelo Bloco de Esquerda para discutir o direito à saúde na cidade, o vice-presidente Filipe Araújo revelou que, dos 1.541 pedidos feitos, 1.252 foram atendidos.

Entre os problemas resolvidos estão situações como plataformas avariadas há uma década no Centro de Saúde de Santos Pousada e sistemas de ar condicionado inoperacionais. Para o autarca, estes casos refletem o estado de degradação dos edifícios herdados pelo município, que considera “sem plano de manutenção e com localização muito desigual pela cidade”.

Apesar de considerar que o processo de descentralização na saúde decorreu melhor do que na educação, Filipe Araújo defende que é preciso “estar atento e vigilante”, lamentando os atrasos herdados e os riscos que estes representam para a execução de fundos do PRR.

O município está a trabalhar em projetos de renovação e estruturou um conjunto de candidaturas ao PRR para reabilitar e construir centros de saúde. Em março de 2024, foram anunciadas 11 candidaturas, com um valor total de 19,5 milhões de euros, todas entretanto aprovadas.

A vereadora da Saúde, Catarina Araújo, explicou que foi necessário gerir prioridades devido a prazos apertados e falta de informação por parte de entidades centrais.

Entre os projetos em destaque estão a construção dos centros de saúde de Santos Pousada, Porto Centro, Carvalhido, Garcia da Orta e Homem do Leme, cada um com um orçamento de 3,5 milhões de euros. Outras intervenções incluem a requalificação dos centros do Cerco, Aldoar, Vale Formoso, Serpa Pinto, Porto Douro, Foz e do Centro de Diagnóstico Pneumológico.

O Plano Municipal de Saúde 2022-2024, entretanto prorrogado para 2025, continuará a orientar a atuação da autarquia neste domínio.

LUSA/SO

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