28 Jul, 2021

Ordem propõe um enfermeiro de família para cada utente

A proposta da Ordem dos Enfermeiros procura recuperar a atividade assistencial prejudicada pela pandemia, especialmente junto dos doentes crónicos.

A Ordem dos Enfermeiros (OE) quer acelerar a implementação do enfermeiro de família ao nível dos cuidados de saúde primários (CSP), sublinhando o impacto da pandemia de covid-19 na assistência aos utentes. A proposta pretende recuperar a atividade prejudicada pela situação pandémica atual, nomeadamente no que diz respeito aos cuidados dos doentes crónicos.

A OE quer reunir-se com a tutela para discutir o tema e a implementação de experiências-piloto que constam de uma carta enviada à ministra da Saúde, Marta Temido, e ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

Citando o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o que este prevê em termos de reformulação de prestação de cuidados de saúde com uma aposta nos CSP, a Ordem começa por propor o reforço do número de enfermeiros afetos a estas unidades e às de cuidados de saúde personalizados.

No mesmo sentido, pedem também um reforço destes profissionais de saúde ao nível das unidades de cuidados na comunidade e nas de cuidados continuados integrados. Dentro do conjunto de propostas, estão também “o alargamento das competências e áreas de intervenção dos enfermeiros e dos enfermeiros especialistas” e a “atribuição de um enfermeiro de família a cada utente/família”.

“Existem atualmente três mil enfermeiros aptos a integrar o mercado de trabalho, que, naturalmente, devem ser considerados para este efeito”, afirma a OE. No documento enviado, os profissionais salientam a sua convicção na capacidade de uma nova abordagem e alargamento das competências dos enfermeiros de família e dos afetos a unidades de cuidados na comunidade e unidades de cuidados continuados integrados.

Segundo defende a OE, esta solução pode “desempenhar um papel decisivo na retoma, recuperação e consolidação da atividade assistencial”. É “a forma mais expedita de garantir o acesso universal a cuidados de saúde adequados, de qualidade e proximidade a toda a população e, em particular, às pessoas com doença crónica e dependentes no domicílio, que, neste momento, estão numa situação de maior vulnerabilidade”.

SO/LUSA

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