27 Set, 2024

Ordem denuncia escassez de nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde

De acordo com a Ordem dos Nutricionistas, em todo o país, existem 500 nutricionistas nos serviços públicos de saúde. A bastonária pretende questionar a ministra da Saúde sobre as medidas previstas para o tratamento da obesidade em Portugal.

A Ordem dos Nutricionistas (ON) denunciou a escassez destes profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa altura em que o combate à obesidade é apontado pelo Ministério da Saúde como prioridade na contratualização para 2025.

Numa nota enviada à agência Lusa, a ordem diz que quer ouvir a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sobre novas as medidas previstas no combate e controlo da obesidade, tendo em conta a escassez de nutricionistas no SNS face às necessidades da população.

Atualmente, adianta o documento, em todo o país existem 500 nutricionistas nos serviços públicos de saúde.

Na sequência do despacho publicado esta semana que estabelece as diretrizes para o modelo de financiamento destinado à contratualização de cuidados de saúde no SNS para 2025, “o combate e controlo da obesidade é apontado como uma das áreas prioritárias a contemplar e a integrar na proposta de criação dos sistemas locais de saúde”, recorda a ON.

Nesse sentido, a bastonária da ordem, Liliana Sousa, citada na nota refere que “pretende questionar a ministra da Saúde sobre as medidas previstas para o tratamento da obesidade em Portugal”.

“Neste momento, existem apenas 500 nutricionistas no SNS, em todo o país, distribuídos pelas diferentes unidades locais de saúde, entre hospitais e agrupamentos de centros de saúde, o que representa, em termos médios, um nutricionista para cada 20 mil habitantes”, sublinha Liliana Sousa.

A bastonária alerta ainda que, “a esta realidade que é a falta de profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde, acresce ainda a disparidade que se verifica quanto à sua distribuição pelas diferentes unidades e organizações, levando a que a acessibilidade a cuidados nutricionais seja desigual entre regiões e entidades”.

 

LUSA

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