Ministra da Saúde defende urgências regionais como chave para futuro do SNS
As urgências regionais são “absolutamente determinantes” para garantir cuidados hospitalares no país, afirmou a ministra da Saúde, na inauguração do Observatório Nacional de Saúde Global, na Universidade de Coimbra.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou, em Coimbra, que as urgências regionais são “absolutamente determinantes” para garantir cuidados hospitalares no país, mas advertiu que o modelo terá de ser diferente nas próximas décadas.
À margem do lançamento do Observatório Nacional de Saúde Global, na Universidade de Coimbra, a governante voltou a destacar a falta de recursos como “o maior desafio do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e sublinhou a necessidade de adaptar a organização dos serviços às realidades de cada região.
“Não vamos poder fazê-lo da mesma forma como até agora”, afirmou, lembrando que o atual modelo assenta num elevado recurso a horas extraordinárias. “Isto exige reformas e não adianta dizer que podemos deixar tudo como está, porque isso não é possível.”
A ministra sublinhou que os serviços terão de ser reorganizados para garantir cuidados de qualidade com os recursos disponíveis. “Em cada região, é necessário dar os melhores cuidados a todos”, acrescentou.
Sobre o novo Observatório Nacional de Saúde Global, criado pela Universidade de Coimbra em parceria com a sua Faculdade de Medicina e a Unidade de Saúde Local, Ana Paula Martins destacou a importância de estruturas independentes na produção de evidência científica.
“Observatórios como este podem acompanhar as políticas públicas, ajudando a ajustar trajetos e decisões, com contributos para políticas de saúde com maior probabilidade de sucesso”, afirmou.
O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro, que lidera o projeto, explicou que o observatório será uma plataforma para produzir ciência e conhecimento, servindo de apoio às organizações da área da saúde e aos decisores políticos.
SO/LUSA
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