20 Jan, 2021

Hospital em Miranda do Corvo tem 55 camas mas continua sem receber doentes

Unidade totalmente equipada está pronta há mais de um ano mas continua fechada. Ministra da Saúde diz que não há recursos humanos.

O Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, está concluído e equipado há mais de um ano e meio, mas ainda não abriu portas para receber doentes. A estrutura conta com 55 camas.

O Hospital Compaixão representou um investimento de cerca de 10 milhões de euros, suportados quase na totalidade pela Fundação Assistência para o Desenvolvimento e Formação Profissional (uma instituição sem fins lucrativos), que contou apenas com um apoio de 800 mil euros do município de Miranda do Corvo (ainda não totalmente liquidados).

Projetada para servir a zona do Pinhal Interior, a unidade está dotada de uma área de urgência, setor de consultas de ambulatório com especialidades médicas e de internamento, além dos serviços de imagiologia médica (TAC, RX e Ecografia) e de análises clínicas.

A unidade está sem funcionar por falta de um acordo de cooperação com Ministério da Saúde.

“A partir do momento em que o hospital comece a funcionar poderá beneficiar do acordo no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) para a realização de cirurgias, e de outras convenções em vigor”, diz a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC)

Até ao momento, a direção da Fundação ADFP tem acusado o Ministério da Saúde de não assinar convenções que viabilizem a abertura da unidade hospitalar. Já a ARSC garante que já tentou chegar a um entendimento com a Fundação ADFP para ali instalar uma unidade de cuidados continuados integrados mas não houve acordo.

“Dada a inexistência de recursos humanos no referido equipamento, considera a ARSC que não é da responsabilidade da administração central contratar médicos, enfermeiros e demais recursos humanos para colocar um hospital privado a funcionar”, disse aquela entidade à RTP.

Também a ministra da Saúde fala em carência de recursos humanos. “Não há um hospital onde há camas e onde há espaço, isso não é um hospital. Paremos de enganar os portugueses. Há enfermeiros para mandar para lá? Há médicos para mandar para lá? Não há. Houvesse e seria isso que faríamos agora”, respondeu a ministra.

SO
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