28 Out, 2025

Fumadores têm 25% mais risco de desenvolver diabetes tipo 2, revela estudo internacional

O risco de desenvolver diabetes tipo 2 é particularmente elevado entre os fumadores que consomem 20 ou mais cigarros por dia. Os investigadores apelam a mais medidas para se promover a cessação tabágica.

Fumadores têm 25% mais risco de desenvolver diabetes tipo 2, revela estudo internacional

As pessoas que fumam ou já fumaram têm um risco 25% maior de desenvolver diabetes tipo 2, em comparação com quem nunca fumou, de acordo com um estudo internacional, divulgado na segunda-feira pela agência EFE. O estudo, conduzido pela Unidade de Nutrição Humana da Universidade Rovira i Virgili (URV), em Espanha, em colaboração com a Universidade Sorbonne Paris-Nord, em França, analisou os efeitos do tabaco e do consumo de álcool no desenvolvimento da doença.

O risco de desenvolver diabetes tipo 2 é particularmente elevado entre os fumadores que consomem 20 ou mais cigarros por dia, grupo que apresenta o dobro da probabilidade de contrair diabetes tipo 2 em comparação com fumadores moderados ou ocasionais, segundo a investigação.

O estudo baseou-se em dados de mais de 110 mil participantes do projeto NutriNet-Santé, uma das maiores coortes de saúde pública da Europa, acompanhada ao longo de uma média de 7,5 anos. Durante esse período, foram registados 1.175 novos casos de diabetes tipo 2. Os investigadores analisaram ainda o impacto combinado do tabaco e do álcool, com o objetivo de compreender de que forma estes hábitos influenciam o risco da doença.

Os resultados mostraram que o consumo de álcool em níveis baixos ou moderados não apresenta qualquer efeito protetor contra a diabetes tipo 2 — contrariando estudos anteriores que sugeriam benefícios no consumo moderado de vinho. “Sabemos que o tabaco é um fator de risco muito claro, mas ficámos surpreendidos ao descobrir que o álcool, por si só, não modificou o risco de diabetes”, afirmou Indira Paz-Graniel, investigadora da URV e uma das autoras do estudo.

De acordo com os investigadores, as conclusões reforçam a necessidade de políticas públicas que promovam a cessação tabágica, uma vez que o tabaco continua a ser um fator de risco determinante para o desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares.

SO/LUSA

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