31 Ago, 2023

Europacolon Portugal lança Linha de Apoio Psicológico destinada aos cuidadores informais

De acordo com a associação, 78% dos cuidadores informais admitem já ter sentido necessidade de apoio psicológico. A linha vai estar disponível de segunda a sexta-feira, ao longo de seis meses.

Os dados dos inquéritos feitos junto dos cuidadores informais pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais confirmam que estes sentem falta de muita coisa mas há uma lacuna que se destaca: a falta de apoio psicológico. “Porque cuidar ‘rouba’ energia, cuidar exige paciência e dedicação, cuidar gera stress e ansiedade e consciente desta necessidade, a Europacolon Portugal acaba de lançar esta linha”, afirma o presidente da associação, Vítor Neves.

Disponível para todos os cuidadores informais, a Linha de Apoio Psicológico arranca agora no início de setembro e vai funcionar ao longo de seis meses, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h00 e as 15h00 e as 18h00, através dos números 960 199 759 ou 808 200 199 (custo de chamada local).  Vai contar com o apoio de profissionais na área da Psicologia. “Será um espaço onde se pode partilhar emoções e dificuldades psicológicas, ou apenas desabafar.”

De acordo com os dados do estudo feito pela Europacolon em janeiro passado, 78% dos inquiridos admitiam ter sentido, em algum momento da sua vida de cuidadores, necessidade de apoio psicológico. E 84% partilhavam o desejo de ter esse tipo de apoio através de uma linha telefónica com profissionais especializados.

Outra das conclusões é que 83% já tinham sentido, em algum momento, que se encontravam em estado de burnout/exaustão emocional. Dos inquiridos, 79% concordaram que o seu estado de saúde mental influencia o desempenho do seu papel de cuidador informal. “Ao melhorarmos o bem-estar psicológico e a saúde mental dos cuidadores estamos também a contribuir para a melhoria da qualidade de vida daqueles de quem cuidam. Apoios como este, precisam-se”, salienta Vítor Neves.

A Linha de Apoio é lançada com apoio da Merck, no âmbito do Movimento Cuidar dos Cuidadores informais.

Texto: Maria João Garcia

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