Epilepsia em destaque no XV Congresso da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria

Em destaque estarão temas como o estado atual e o futuro da cirurgia de epilepsia, adianta a neuropediatra Mónica Vasconcelos.

A “Epilepsia dos 0 aos 18 anos” será o tema central do XV Congresso da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, que se realiza em formato virtual nos dias 13 e 14 de maio de 2021. Em destaque estarão temas como o estado atual e o futuro da cirurgia de epilepsia, como é o exemplo da sessão “Novas Modalidades Cirúrgicas”, com o neurocirurgião Alexandre Rainha Campos.

“Este congresso representa um momento extremamente enriquecedor para todos os especialistas que nele participam e que a ele assistem. E este ano não será exceção. Mesmo em tempo de pandemia, o evento irá realizar-se, mas de forma totalmente online”, afirma Mónica Vasconcelos, neuropediatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria (SPNP)

Desde os desafios às descobertas ao longo dos últimos anos, o objetivo do congresso passa por discutir o presente e o futuro do diagnóstico e do tratamento da epilepsia em pessoas até aos 18 anos. Para o fazer, o painel do congresso organizado pela SPNP conta com um vasto leque de especialistas nacionais e internacionais.

“Conseguimos juntar especialistas vindos de vários locais do mundo que irão apresentar os principais avanços que têm sido alcançados na área da epilepsia em crianças e jovens”, explica a neuropediatra.

Ao SaúdeOnline, a neuropediatra Sofia Quintas, membro da Comissão Organizadora do Congresso, sublinha que o objetivo do evento é “apresentar uma revisão alargada da realidade atual – internacional e em Portugal – relativamente ao acompanhamento das crianças e adolescentes com epilepsia, bem como os principais avanços registados nos últimos anos, contribuindo para a atualização de conhecimentos de todos os que trabalham nesta área ou, de forma mais geral, que lidam com estes doentes”.

Serão abordados temas como o “tratamento das encefalopatias epilépticas de desenvolvimento; tratamento da epilepsia na esclerose tuberosa; diagnóstico na epilepsia; avanços em cirurgia de epilepsia e tratamento do estado de mal epiléptico e das comorbilidades da epilepsia pediátrica”.

A epilepsia é uma doença caracterizada por uma predisposição duradoura para gerar crises epilépticas e pelas suas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais.

Crises epiléticas e epilepsia não são o mesmo. Uma crise epilética é a ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devidos a uma atividade neuronal excessiva ou síncrona no cérebro, com duração variável (geralmente entre alguns segundos a vários minutos); i.e., é um evento resultante de uma disfunção temporária da atividade elétrica cerebral. Epilepsia, por seu turno, é uma doença que se expressa através de crises epiléticas recorrentes (duas ou mais, separadas por intervalo superior a 24h ou uma crise única associada a um elevado risco avaliado de repetição), súbitas e imprevisíveis, incontroláveis pelo doente (i.e., não provocadas ou reflexas).

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