24 Jan, 2020

2019-NCoV: 35 milhões de pessoas isoladas no centro da China

As autoridades chinesas decidiram hoje alargar a área de isolamento que inicialmente se restringia a Wuhan (cidade com 11 milhões de habitante), a mais quatro cidades (Huanggang, Ezhou, Zhijiang e Chibi,) e restrições de viagens num total de 13 cidades, da província de Hubei, colocando sob isolamento uma população estimada de 35 milhões de pessoas

Com o número de mortos a subir para 26 (ontem eram 17) e com mais de casos de infeção confirmados 800 (ontem eram 600), devido ao surto de coronavírus detetado inicialmente na cidade de Wuhan, no centro do país, as autoridades chinesa decidiram hoje alargar a área de isolamento que inicialmente se restringia a Wuhan (cidade com 11 milhões de habitante), a mais quatro cidades (Huanggang, Ezhou, Zhijiang e Chibi,) e restrições de viagens num total de 13 cidades, da província de Hubei, colocando sob isolamento uma população estimada de 35 milhões de pessoas (aproximadamente a população do Canadá), noticiou o The New York Times.

Os novos limites – decretados abruptamente antes do feriado de Ano Novo Lunar, a época mais movimentada da China – foram um passo extraordinário que vem sublinhar os receios do Governo Chinês sobre o surto de um vírus coronavíros, ainda pouco conhecido.

A rápida expansão do surto de gripe aviária tem sobrecarregado os hospitais da província e alimentado o medo de uma pandemia global. As autoridade estão neste momento a construir um novo hospital em Wuhan, para atender a população infetadas permitindo assim libertar os hospitais existentes para que possam assistir outros doentes.

Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para ‘moderado’ o risco de contágio na União Europeia, continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) optou por não declarar emergência de saúde pública internacional, receando que seja demasiado cedo.

Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.

Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

NYT/SO/LUSA

 

 

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