19 Jan, 2022

Chegou ao fim a gestão público-privada do Hospital Beatriz Ângelo

Os prejuízos causados pela covid-19 não permitiram que o Estado e o Grupo Luz Saúde chegassem a acordo para prolongamento da gestão.

A parceira público-privada (PPP) na gestão do Hospital Beatriz Ângelo, localizado em Loures, terminou esta terça-feira, com a saída do grupo Luz Saúde. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa a ter apenas um hospital em regime PPP, em Cascais, anuncia o jornal Nascer do SOL.

Os prejuízos causados pela covid-19 não permitiram que o Estado e o Grupo Luz Saúde chegassem a acordo para prolongamento da gestão. Segundo garante o administrador do hospital desde o seu início, Artur Vaz, sem um reequilíbrio financeiro que permitisse compensar os prejuízos da quebra de atividade durante a pandemia, o prolongamento da parceira não era “sustentável”.

“O Estado perguntou-nos em março de 2021 se estaríamos interessados em manter-nos mais dois anos à frente do hospital e nós dissemos que, nas condições atuais, não. Tínhamos tido resultados negativos horrorosos, estamos a falar de 28 a 29 milhões de euros negativos em 2020, por causa da pandemia, quer por causa dos custos que cresceram, quer pelas receitas que diminuíram muito porque fomos mandados suspender toda a atividade programada não prioritária e, portanto, entendemos que não poderíamos suportar a atividade nestas condições”, diz o gestor hospitalar.

Perante a transmissão da gestão do hospital, a prestação de cuidados e as condições de trabalho dos profissionais não deverão ser afetadas. De acordo com Artur Vaz, apesar de os constrangimentos na contração pública, dependente de autorizações, poderem afetar a dinâmica do hospital, não se deverá registar um cenário de saídas massivas.

SO

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