18 Jul, 2023

Cartão digital e marcações ‘online’ visam “facilitar a vida” a dadores de sangue

A secretária de Estado da Promoção da Saúde diz que o objetivo do cartão digital do dador e do agendamento online, é “remover barreiras", de forma a “facilitar a vida” aos dadores de sangue. Constituem também uma forma de captar dadores jovens e manter os já existentes ativos, com dádivas regulares.

Um cartão digital disponível para telemóvel e o agendamento ‘online’ da dádiva de sangue são os novos instrumentos para “facilitar a vida” aos dadores, anunciou a secretária de Estado da Promoção da Saúde.

O cartão digital do dador e o agendamento ‘online’, desenvolvidos no âmbito da transição digital no Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), foram apresentados ontem e pretendem “remover barreiras para que as pessoas possam exercer a sua generosidade da forma mais simples”, adiantou à Lusa Margarida Tavares.

Segundo adiantou, estas duas ferramentas, desenvolvidas em parceria com a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), constituem uma forma de captar dadores jovens, na faixa etária entre os 24 e 45 anos, mas também de manter os já existentes ativos, com dádivas regulares.

“Temos de lhes dar todas as formas de poderem interagir da forma mais fácil e rápida com o IPST”, salientou a secretária de Estado, ao sublinhar que os “portugueses são pessoas muito generosas” em relação às dádivas de sangue.

Na prática, o cartão digital do dador está disponível na aplicação para telemóvel da AMA, tendo já sido descarregado cerca de 6.600 vezes no último mês, e nele o dador tem acesso a diversa informação, como as datas das últimas dádivas, quando pode voltar a dar sangue, a data dos agendamentos e o seu grupo sanguíneo, explicou Margarida Tavares.

Já disponível no ‘site’ do IPST está a possibilidade da marcação de novas dádivas, sendo necessário o preenchimento de um formulário “rápido e acessível”, adiantou a secretária de Estado da Promoção da Saúde.

De acordo com Margarida Tavares, entre 2008 e 2021 “notou-se uma redução das dádivas” em Portugal, mas sem nunca atingir uma situação de rutura, uma tendência que se inverteu na altura da pandemia, com o país a estar, desde então, com “dádivas em crescendo e com períodos de grande estabilidade”.

Além de no verão se registar habitualmente menos dádivas, a que se junta a Jornada Mundial da Juventude, no início de agosto, este ano “está a haver um esforço adicional com as associações de dadores de sangue” para garantir reservas mais elevadas, referiu Margarida Tavares.

“Não sendo de esperar que haja necessidades adicionais, é sempre bom garantirmos que temos alguma reserva adicional”, salientou a secretária de Estado.

As condições essenciais para ser uma pessoa dadora de sangue são ter entre 18 e 65 anos – idade limite para a primeira dádiva é 60 anos -, ter peso igual ou superior a 50 quilos e estar saudável.

Segundo o IPST, os hospitais portugueses necessitam diariamente de 1.100 unidades de sangue e componentes sanguíneos.

 

LUSA

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