9 Mar, 2018

Angola lança primeiro curso de doutoramento em Ciências Biomédicas com apoio de universidade portuguesa

A Universidade Agostinho Neto (UAN), em Angola, inaugurou hoje o primeiro doutoramento em Ciências Biomédicas, em parceria com a Universidade Nova de Lisboa (UNL), permitindo a formação avançada de 25 médicos durante quatro anos.

A cerimónia, que teve lugar hoje na Faculdade de Medicina da UAN, em Luanda, foi presidida pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola, Maria do Rosário Sambo, com as autoridades a considerarem que o referido curso deve ter impacto nos problemas de saúde do país.

Na apresentação dos fundamentos que dão corpo a este primeiro curso de doutoramento, o diretor do Centro de Estudos Avançados em Educação e Formação Médica (CEDUMED) de Angola, Mário Fresta, sublinhou a relevância do curso para o universo sanitário do país. “É o primeiro em Saúde que está a ser instalado em Angola e naturalmente que tem uma responsabilidade muito grande porque deve ter um impacto significativo nos problemas de saúde que o nosso país tem”, disse.

Segundo Mário Fresta, o curso, que na primeira edição conta com 25 doutorandos e que arrancou oficialmente hoje, foi concretizado com espírito de sacrifício e entrega, apesar das dificuldades financeiras que o país vive. “Só o fizemos com muito espírito de sacrifício porque temos consciência que temos de recuperar o grande atraso do país em termos de doutorados, mas vai exigir realmente de todos um trabalho muito grande nesta primeira edição do curso”, sustentou.

A ocasião serviu igualmente para a assinatura de um memorando sobre o doutoramento em Ciências Biomédicas entre a Faculdade de Medicina da UAN, o CEDUMED e o Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa da Universidade Nova de Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, o diretor o Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa, Paulo Ferrinho, assinalou a importância do curso de doutoramento em Ciências Biomédicas considerando a iniciativa como promoção da economia do conhecimento. “Nesta primeira edição todas as unidades curriculares terão docentes de ambas instituições de Angola e Lisboa, a coordenação será conjunta e depois continuaremos nesta parceria na supervisão das teses”, sublinhou.

LUSA/SO

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