ANEM apela ao Governo para definir uma estratégia nacional que valorize a qualidade da formação médica

A ANEM reuniu-se com o Governo para definir uma estratégia nacional de formação médica, face aos desafios atuais.

ANEM apela ao Governo para definir uma estratégia nacional que valorize a qualidade da formação médica

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) apresentou propostas que considera fundamentais para o futuro da formação médica, numa reunião conjunta com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e com o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre. Alertando para os riscos do aumento do número de vagas nos cursos de Medicina e a abertura de novas escolas médicas “sem planeamento estratégico”, defendeu a necessidade de promover a redução progressiva do numerus clausus e inibir a abertura de novos cursos. Duas medidas que devem ser levadas a cabo até que se resolvam os problemas nas escolas existentes.

“A ANEM regista com satisfação a abertura de diálogo demonstrada pelos membros do Governo presentes na reunião, através do reconhecimento de uma necessidade de planeamento de recursos humanos abrangente, que inclua o setor da Saúde, e da importância da melhoria das condições formativas e infraestruturais, de forma a dar resposta ao aumento da população universitária nos últimos anos”, lê-se em nota à imprensa.

Paulo Simões Peres, presidente da ANEM, destaca que “os estudantes de Medicina estão preocupados com a degradação das condições de ensino e com a pressão crescente sobre as escolas médicas”. Apela, assim, ao Governo para que “priorize a resolução destes problemas, antes de avançar com medidas que possam comprometer ainda mais a qualidade da formação”.

As propostas da ANEM têm por base o que dizem ser o “diagnóstico preocupante das condições pedagógicas nas escolas médicas portuguesas”, revelado por um estudo realizado pela própria associação. “Este estudo indica que um terço dos estudantes está insatisfeito com as condições pedagógicas, dois em cada cinco com o ensino clínico e mais de metade considera haver insuficientes oportunidades para a prática de gestos clínicos.”

Concluindo: “A ANEM reitera a sua disponibilidade para colaborar, ativamente, com o Governo na construção de um futuro sustentável para a formação médica em Portugal, que garanta a qualidade do ensino e responda, eficazmente, às necessidades da população em termos de cuidados de saúde.”

SO/COMUNICADO

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