Tumores malignos foram das principais causas de morte na Madeira em 2023
Os tumores malignos representaram uma das principais causas de morte na Madeira em 2023, sobretudo entre os 30 e os 74 anos, totalizando 649 óbitos, segundo dados da Direção Regional de Estatística (DREM).

Em 2023, ocorreram 2.791 óbitos de residentes na Região Autónoma da Madeira, menos 10,1% face a 2022 (3.104 mortes), indicou a Direção Regional de Estatística (DREM). Os tumores malignos destacaram-se entre as principais causas de morte, em especial nos grupos etários entre os 30 e os 74 anos.
No grupo dos 25 aos 64 anos, registaram-se 514 óbitos, dos quais 182 foram provocados por tumores malignos, 107 por doenças do aparelho circulatório e 59 por causas externas de lesão e envenenamento. Já entre os 65 e os 84 anos, verificaram-se 1.252 mortes, com destaque para 339 por tumores, 313 por doenças do aparelho circulatório – incluindo 102 por doenças isquémicas do coração – e 186 por doenças do aparelho respiratório, das quais 94 por pneumonia.
Entre os mais idosos, com 85 ou mais anos, foram contabilizados 1.010 óbitos, sobretudo devido a doenças do aparelho circulatório (298) e respiratório (200, incluindo 114 por pneumonia).
A análise da DREM mostra ainda que os tumores malignos corresponderam a 649 óbitos em toda a região (23,3% do total), sendo apenas ultrapassados pelas doenças do aparelho circulatório, responsáveis por 25,8% das mortes.
No plano demográfico, 1.369 óbitos foram do sexo masculino (49,1%) e 1.422 do sexo feminino (50,9%), correspondendo a uma relação de 96,3 óbitos masculinos por cada 100 femininos, valor inferior ao registado a nível nacional (100,4). A taxa de mortalidade na Madeira fixou-se em 10,9‰, ligeiramente abaixo da média do país (11,2‰).
Em termos de mortalidade infantil, registou-se a morte de uma criança com menos de 1 ano, equivalente a uma taxa de 0,6‰, inferior à de 2022 (1,7‰). Ocorreram ainda quatro óbitos de crianças entre 1 e 14 anos – dois por tumores malignos – e 10 mortes entre jovens dos 15 aos 24 anos, três delas devido a acidentes de transporte e três por tumores.
A nível municipal, Funchal concentrou 1.224 óbitos (43,9%), seguido de Santa Cruz (376 óbitos, 13,5%) e Câmara de Lobos (266 óbitos, 9,5%). Estes três concelhos representaram, em conjunto, 66,9% das mortes no arquipélago. Em contraste, Porto Santo (53), Porto Moniz (55), São Vicente (82) e Santana (94) registaram menos de 100 óbitos cada, totalizando 10,2% do total regional.
LUSA/SO
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