31 Ago, 2018

Representante da OMS em África defende necessidade de qualificar a medicina tradicional

A diretora regional da representação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em África, Matshidiso Moeti, considera necessário produzir e aperfeiçoar a produção local para a melhoria no acesso a medicamentos de qualidade assegurada.

Por ocasião das celebrações do Dia da Medicina Tradicional Africana, celebrado esta quinta-feira, a médica Matshidiso Moeti, salientou que o aumento da produção local é crucial para contribuir na concretização dos objetivos da cobertura universal dos cuidados de saúde, que inclui o acesso a medicamentos seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos.

Para a realização destes objetivos os países precisam, segundo Matshidiso Moeti, de sistemas de regulação robustos, que visam a proteção contra os medicamentos de baixa qualidade, garantir produtos de medicina tradicional produzidos localmente e matéria-prima de origem vegetal alinhados com as normas internacionais de qualidade, segurança e eficiência.

De acordo com o comunicado da diretora regional da OMS, desde 2000 que o número de países africanos com políticas nacionais para a medicina tradicional tem aumentado, e atualmente são já 40.

Todavia, Matshidiso Moeti defende que a medicina tradicional necessita de um quadro político, regulamentar e económico para facilitar e melhorar a produção local.

A responsável disse ainda que a OMS está também a ajudar a desenvolver as competências e as capacidades de gestão nas áreas do controlo de qualidade e de registo de produtos da medicina tradicional.

Matshidiso Moeti apela aos países a aumentarem as parcerias público-privadas e investimentos para aumentarem a produção local, manterem os elevados padrões de qualidade e sistemas que garantem a segurança dos produtos medicinais.

Para acelerar a produção local de produtos para a medicina tradicional em África, é importante uma maior colaboração entre governos, autoridades nacionais de regulação farmacêutica, fabricantes e profissionais de medicina tradicional, salientou.

Para Matshidiso Moeti essa colaboração irá contribuir para cuidados de saúde de qualidade, melhoramento de forma substancial no acesso a medicamentos essenciais de qualidade e promoção de uma melhor saúde e bem-estar para as populações africanas.

LUSA/SO

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