2 Jun, 2021

Quem teve covid-19 pode ter criado anticorpos para a vida, sugere estudo

Estudo americano refere que existem células presentes na medula óssea que retêm a memória do vírus e produzem anticorpos.

As pessoas que já estiveram infetadas com Sars-CoV-2 podem ter criado anticorpos para a vida, admite um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos da América.

Os resultados do estudo, publicado na revista Nature, mostram que o número de anticorpos “diminui rapidamente nos primeiros quatro meses após a infeção” e de forma mais gradual “ao longo dos sete meses seguintes”. Mas os anticorpos mantêm-se “detetáveis durante pelo menos 11 meses” depois de as pessoas terem contraído o vírus.

Pela primeira vez uma investigação mostra que mesmo os infetados com sintomas leves podem produzir células imunológicas contra o coronavírus.

O estudo sugere também que a existência de células na medula óssea, que produzem anticorpos, pode durar décadas, ou até mesmo para o resto da vida. Isto acontece porque estas células presentes na medula óssea são um tipo de células B de memória e vida longa, que permitem reter a memória do vírus e produzir anticorpos, sempre que seja necessário.

O professor de imunologia e patologia e principal autor do estudo, Ali Ellebedy explica, em comunicado de imprensa que “é normal que os níveis de anticorpos diminuam após a infeção, mas não chegam a zero; eles estabilizam”. “Encontramos células produtoras de anticorpos em pessoas 11 meses após os primeiros sintomas. Essas células vão produzir anticorpos para o resto da vida. É uma forte evidência de imunidade duradoura”, acrescenta.

No estudo, foram analisadas amostras de sangue de 77 pessoas, sendo que quase todas tiveram sintomas leves de covid-19 e apenas seis foram internadas.

SO

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