13 Jul, 2022

Portugueses procuram ajuda profissional para lidar com o impacto da pandemia

Cerca 60% dos inquiridos disseram que iriam consultar um psiquiatra ou psicólogo. Apenas em Espanha (62%) esta proporção foi mais elevada.

É inquestionável que a população adulta Portuguesa tem encontrado dificuldades nos últimos dois anos. Quer se trate de stress aumentado, saúde mental mais debilitada, distúrbios de sono ou dificuldades em manter-se em forma, os desafios têm sido consideráveis. No entanto, o estudo STADA Health Report 2022, com cerca de 30.000 europeus inquiridos em 15 países, confirma que os portugueses têm sido particularmente hábeis em tirar partido do apoio profissional disponível.

Quase metade dos adultos portugueses (47%) relatam que os seus níveis de stress se agravaram desde o início da pandemia. Esta é a segunda maior proporção nacional no inquérito, acima da média do estudo de 37%, tendo o stress aumentado mais apenas em Itália (53%).

Do mesmo modo, mais de um terço (35%) dos adultos em Portugal queixaram-se de uma saúde mental mais debilitada durante a pandemia – apenas na Áustria (37%) este valor foi mais elevado. Ao mesmo tempo, 35% dos adultos portugueses sentiram que o seu bem-estar físico se tinha agravado durante a pandemia, a proporção nacional conjunta mais elevada, juntamente com os checos e os polacos.

Uma proporção semelhante (32%) dos portugueses sustentava que a sua qualidade de sono tinha diminuído desde o início da pandemia. Apenas em Itália, Polónia e Espanha esta proporção foi mais elevada.

Apesar destes desafios, a população portuguesa não está claramente preparada para aceitar simplesmente um declínio no seu bem-estar. Pelo contrário, as pessoas procuram o apoio especializado de profissionais de saúde.

 

Procura de aconselhamento médico e farmacêutico

Dois em cada cinco adultos portugueses (40%) disseram ter pedido mais aconselhamento ao seu médico de clínica geral ou a outro profissional de saúde nos últimos 12 meses – o total nacional mais elevado do Relatório de Saúde STADA 2022. A média europeia era muito mais baixa, com 25%. Além disso, 15% dos portugueses procuraram mais aconselhamento nas farmácias, atrás apenas da Sérvia, Espanha e França a este respeito.

Na saúde mental em particular, a amostra representativa de 1.997 adultos portugueses estava disposta a procurar ajuda profissional. Cerca de três em cada cinco (59%) disseram que iriam consultar um psiquiatra ou psicólogo. Apenas em Espanha (62%) esta proporção foi mais elevada. Os portugueses estão também entre os que mais se esforçam por falar da sua saúde mental com um clínico geral; quase metade (48%) fá-lo-ia, com pontuações mais elevadas apenas na Bélgica (52%) e em França (49%).

“Embora seja preocupante confirmar a deterioração do estado de saúde física e mental da população portuguesa nos últimos dois anos, é encorajador confirmar a elevada confiança nos profissionais de saúde”, comenta Ana Ferreira, diretora-geral da STADA Portugal.

Os portugueses são muito recetivos às tecnologias nos cuidados de saúde

A população adulta portuguesa está também na vanguarda da adoção de soluções tecnológicas de saúde. Quase uma em cada cinco (19%) pessoas em Portugal utiliza tais aplicações para partilhar informação com o seu médico, a proporção mais elevada no Relatório de Saúde STADA 2022, para o qual a média neste ponto era de apenas 11%. Um quarto dos adultos portugueses (25%) diz utilizar aplicações de saúde para monitorizar o seu bem-estar mental; esse total só é igualado em Itália.

Apenas 9% dos portugueses dizem que simplesmente não conhecem tais aplicações, dando aos portugueses o mais alto nível de conhecimento das aplicações de saúde entre todos os 15 países abrangidos pelo Relatório de Saúde STADA 2022.

Além disso, os adultos portugueses são os mais abertos na Europa à ideia de consultar um médico à distância por webcam – 86% estariam geralmente abertos à ideia, em comparação com uma média de 64%. Metade dos adultos portugueses (51%) citou a hipótese de poupar tempo em viagens e de espera para consultar um médico, muito superior à média europeia de 32% como o total nacional mais elevado para esta opção de resposta.

COMUNICADO

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