19 Nov, 2025

Ministra da Saúde garante que ampliação do Hospital de Beja avança no início de 2026

A ministra da Saúde Ana Paula Martins fez questão de destacar que a ampliação do Hospital de Beja é uma prioridade, já que "as condições são muito deficientes".

Ministra da Saúde garante que ampliação do Hospital de Beja avança no início de 2026

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou que o projeto de ampliação e requalificação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, “não está na gaveta” e que está em fase de avançar com o concurso para a sua execução “no início do próximo ano”. “Posso deixar total garantia de que a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) está exatamente preparada para, no início do próximo ano, abrir o concurso para o projeto e, depois, o concurso para a construção”, afirmou Ana Paula Martins, em declarações aos jornalistas no final de uma visita à unidade hospitalar, integrada num périplo pelas unidades de saúde de todo o país.

Em relação à disponibilidade financeira para avançar com o projeto, a ministra afirmou que a ULSBA já dispõe de verbas previstas no seu plano de desenvolvimento organizacional, garantindo que o processo avançará de acordo com a legislação vigente. “Temos de fazer primeiro o concurso para o projeto e, a seguir, quando o projeto estiver concluído, vamos lançar o concurso para a construção”, explicou, sublinhando que este processo, embora complicado, não pode ser adiado por mais tempo.

Ana Paula Martins fez questão de destacar que a ampliação do Hospital de Beja é uma prioridade e um projeto que “tem mesmo de arrancar em 2026”. Em resposta às preocupações expressas pela Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista, que teme que o projeto seja adiado indefinidamente, a ministra garantiu que o plano não corre esse risco. “Este projeto não está na gaveta, nem está em cima da secretária. Está com pernas a andar”, sublinhou.

Durante a visita, a ministra mencionou ainda o projeto de requalificação da urgência do hospital, com o objetivo de avançar já no próximo ano. “Já temos um projeto feito e sabemos exatamente qual é o valor da obra”, revelou Ana Paula Martins, acrescentando que a requalificação das urgências terá prioridade no acesso a uma linha de financiamento, assim como os blocos de parto, que já tinham recebido apoio do Governo anterior.

A ministra também expressou grande preocupação com as condições do edifício do hospital. “As condições são muito deficientes. Os doentes são bem tratados, porque os profissionais são excecionais, mas não podem continuar a trabalhar em condições tão difíceis”, afirmou, reconhecendo o esforço dos profissionais de saúde no hospital, mas frisando que a infraestrutura precisa de melhorias urgentes.

Em agosto de 2024, a ULSBA tinha avançado que o custo estimado para a requalificação e ampliação do hospital seria de 118 milhões de euros, com as obras a poderem arrancar no segundo semestre de 2026, de acordo com os estudos técnicos realizados. A 14 de abril deste ano, o Governo tinha já assinado o despacho referente ao concurso de arquitetura, especialidades e empreitada para o projeto de ampliação e requalificação do hospital.

Questionada sobre o futuro do serviço de Neonatologia no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, Ana Paula Martins esclareceu que o encerramento do serviço “não está previsto”. Em vez disso, está a ser elaborado um “projeto de organização” para concentrar os serviços de Neonatologia num único polo, dado a falta de recursos humanos, especialmente nas especialidades de Neonatologia e Materno-Infantil no SNS. A ministra explicou que esta reorganização tem como objetivo melhorar a eficiência dos serviços, sem comprometer a qualidade do atendimento.

SO/LUSA

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