Medicina da Longevidade

A Medicina da Longevidade é um campo emergente que procura compreender e manipular os processos biológicos do envelhecimento para promover uma vida mais longa e saudável. Baseia-se na ideia de que a qualidade do envelhecimento pode ser influenciada por intervenções genéticas, moleculares e de estilo de vida.

Os “hallmarks of aging” (marcos do envelhecimento), conforme identificados por López-Otín et al. (2013), são fundamentais para entender a Medicina da Longevidade. Eles incluem instabilidade genómica, encurtamento dos telómeros, alterações epigenéticas, perda de proteostase, disfunção mitocondrial, senescência celular, exaustão de células-tronco e alterações da comunicação intercelular.

Diferentes intervenções para promover a longevidade com qualidade de vida focam-se em várias estratégias:

Dieta e Nutrição: A adoção de dietas com restrição calórica sem desnutrição, ricas em vegetais, frutas, grãos integrais e proteínas magras tem demonstrado ser efetiva.

Exercício Físico: A atividade física regular é associada a uma diminuição do risco de doenças crónicas, melhor manutenção da massa muscular, equilíbrio, mobilidade e função cognitiva.

Gestão de stress: Técnicas , como meditação, ioga e mindfulness, têm se mostrado benéficas na melhoria da saúde mental e na redução do risco de doenças associadas ao envelhecimento.

Sono de Qualidade: Manter um padrão de sono saudável é crucial para a regulação metabólica, reparação celular e funcionamento cognitivo.

Suplementação e Medicamentos:  O papel de suplementos e medicamentos, como metformina e rapamicina, que podem influenciar vias metabólicas e celulares associadas ao envelhecimento tem vindo a ser estudado com resultados interessantes.

Terapias Avançadas: Incluem a utilização de terapias regenerativas, como células estaminais, medicina regenerativa, e tecnologias emergentes em genética, como a edição de genes via CRISPR-Cas9, para combater diretamente os mecanismos do envelhecimento.

A Medicina da Longevidade não se concentra apenas em prolongar a vida, mas em melhorar a qualidade de vida durante o envelhecimento, prevenindo ou retardando o aparecimento de doenças relacionadas à idade e mantendo a funcionalidade e o bem-estar pelo maior tempo e com a maior qualidade possível.

 

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