15 Jul, 2019

DGS vai avaliar programa de distribuição de leite e fruta nas escolas

O programa para distribuir fruta e leite nas escolas vai ser avaliado no próximo ano letivo, depois de em 2017/2018 Portugal ter usado apenas um terço dos 5,5 milhões comunitários, deixando de fora mais de 230 mil crianças.

A avaliação do programa Regime Escolar é uma das iniciativas previstas no relatório de 2019 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da DGS, que é hoje apresentado no Porto, e irá começar já no início do próximo ano letivo (2019/2020).

Segundo o programa europeu destinado a criar bons hábitos alimentares e a combater a obesidade infantil, o lanche de todas as crianças do 1.º ciclo deveria incluir uma peça de fruta ou um legume, pelo menos duas vezes por semana.

Contudo, segundo os dados preliminares do relatório anual divulgado em março pela União Europeia, no ano passado apenas 104.506 alunos beneficiaram desse projeto, o que significa que o restante ficou de fora, cerca de 230 mil crianças (69%).

Além da distribuição de fruta e leguminosas, o programa europeu prevê ainda a distribuição diária de leite por todas as crianças do pré-escolar até ao final do 4.º ano de escolaridade.

Para que tal fosse possível, a União Europeia destinou, em 2018, 5,5 milhões de euros para estes dois projetos, dos quais apenas foram utilizados 1,7 milhões, de acordo com o relatório anual divulgado pela União Europeia.

Ao contrário do projeto da fruta, a distribuição diária de pacotes de leite abrangeu a grande maioria dos alunos, tendo sido distribuídos 119.464 pacotes de leite às crianças do pré-escolar (97,2%), 332.407 do 1.º ciclo (99%). Ou seja, ficaram de fora 6.381 crianças.

Depois da divulgação deste relatório, a DGS reconheceu que o programa não estava a ter o sucesso esperado e anunciou o alargamento da distribuição de fruta e legumes nos lanches ao ensino pré-escolar.

O programa financiado pela União Europeia que pretende melhorar a oferta alimentar nas escolas e é concretizado em Portugal através de uma colaboração entre os Ministérios da Agricultura, Educação e Saúde.

Lusa/EQ

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