10 Set, 2020

Covid-19: CM-Sintra pede acrescento à urgência do hospital e mais camas no concelho

Hospital Amadora-Sintra foi o que recebeu mais urgências desde maio, quase 90 mil. Prevendo aumento de procura, Câmara traça estas duas prioridades.

O presidente da Câmara de Sintra defendeu ontem a necessidade de instalar um equipamento que sirva como “acrescento” ao serviço de urgência do Hospital Amadora-Sintra, “uma vez que se aproxima uma época difícil” em termos de pandemia.

“Nós temos de ter um acrescento da urgência do Hospital Amadora-Sintra. Desde maio, o Hospital Amadora-Sintra foi o hospital de todo o país com maior número de urgências, quase 90 mil urgências”, defendeu Basílio Horta, em declarações à Lusa, após uma reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e com a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), para debater a situação do Hospital Amadora-Sintra caso haja sobrecarga devido à Covid-19.

Prevendo um aumento significativo do recurso à urgência, o autarca referiu que “fisicamente, o hospital não pode aumentar a urgência“, pelo que terá de se “pôr o equipamento necessário para haver um acrescento à urgência”.

Entre as hipóteses para proceder à extensão da urgência do hospital, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, eleito pelo PS, mencionou a colocação de uma tenda ou de um contentor, decisão que será tomada pelos técnicos competentes. Contudo, sublinhou que “é fundamental que, no mais curto espaço de tempo, esse equipamento seja instalado”.

Além disso, Basílio Horta salientou que há ainda “uma segunda prioridade”, que diz respeito “ao aumento do número de camas disponíveis” nos dois concelhos, caso a “capacidade do hospital se esgote”.

“Se houver uma crise grande e o Amadora-Sintra estiver esgotado, nós temos que ter camas fora do Amadora-Sintra”, reforçou, acrescentando que a solução pode passar pela criação de um hospital de campanha ou pela negociação de camas com hospitais privados.

Basílio Horta esclareceu que a ministra da Saúde “concordou inteiramente” com as duas soluções propostas. “Há um compromisso da ministra. Nós acreditamos quer para uma coisa quer para a outra”, adiantou.

O autarca afirmou ainda que ambas as câmaras municipais estão disponíveis para “fazer um contrato-programa com o Governo e com a Administração Regional de Saúde para comparticipar as despesas de aquisição dos equipamentos e do custo do próprio equipamento”, mas não avançou o valor do montante que o município tem disponível para fazer face a este investimento.

“Esta necessidade de ter uma urgência capaz de atender as pessoas que recorrem à urgência e ter camas onde as pessoas possam ser internadas com garantia de segurança e com dignidade é para nós indispensável e são solicitações completamente importantes para nós”, concluiu.

A agência Lusa questionou também a presidente da Câmara Municipal da Amadora, mas Carla Tavares optou por não prestar declarações.

Lusa/SO

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