15 Nov, 2023

Câmara de Lisboa quer implementar projeto para atendimento médico nos bairros sociais

A Câmara de Lisboa pretende implementar, em 2024, um projeto-piloto para atendimento médico e de enfermagem destinado às populações mais vulneráveis dos bairros sociais, em complemento à resposta dos centros de saúde, segundo a proposta orçamental apresentada.

“Na saúde, estamos a viver momentos muito difíceis. Nós vamos implementar mais um projeto-piloto, um projeto inovador que procura ser uma resposta da câmara municipal às necessidades na área da saúde, dirigida aos mais vulneráveis, aos bairros sociais”, anunciou o vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro das Finanças, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), relativamente ao novo projeto que visa o atendimento médico.

Na apresentação da proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2024, que decorreu nos Paços do Concelho, o autarca disse que, no próximo ano, o município vai “desenvolver um pequeno projeto, começará por ser pequeno, um projeto-piloto em que será assegurado o atendimento médico e de enfermagem”. Este projeto será implementado em complemento do Serviço Nacional de Saúde, ressalvou o vice-presidente da câmara, assegurando que a medida avançará “sem prejuízo de haver a expectativa de os centros de saúde de cada área funcionarem bem”.

“Mas porque sabemos que muitas vezes é difícil aceder a um médico”, apontou o autarca, referindo que o novo projeto do município será para resposta a situações médicas de menor gravidade: “Ter acesso a um médico próximo e a um enfermeiro próximo para administrar pequenas necessidades”. “Este será mais um passo naquilo que nós chamamos o estado social local, onde procuramos reforçar as respostas de proximidade e ir ao encontro das populações mais vulneráveis nos bairros sociais”, reforçou Filipe Anacoreta Correia.

Em termos de valores orçamentais para 2024, a proposta da liderança PSD/CDS-PP sugere um investimento de 9,1 milhões de euros na área da saúde, dos quais sete milhões para centros de saúde, nomeadamente Sapadores (na Graça) e Alcântara. “Para os munícipes de Lisboa não basta que estes centros de saúde estejam construídos, prontos, é necessário que o Ministério da Saúde os dote de condições humanas e materiais”, reivindicou o autarca.

O projeto-piloto para os bairros sociais com atendimento médico e de enfermagem terá uma verba de 500 mil euros, enquanto o plano de saúde Lisboa 65+, que começou este ano para resposta aos idosos da cidade e conta já com 12.500 aderentes, prevê 1,6 milhões de euros para o próximo ano.

LUSA

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