23 Jun, 2020

OMS desafia laboratórios a aumentarem produção de dexametasona

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) relembra que o fármaco apenas deve ser administrado a doentes com covid-19 em estado grave e sob supervisão médica

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que falava numa videoconferência de imprensa, o dexametasona “pode salvar doentes em estado grave”, mas apenas deve ser administrado a estes pacientes e sob “supervisão clínica”.

“O desafio, agora, é aumentar a produção e distribuir rapidamente, e de forma equitativa, o dexametasona em todo o mundo, focando-nos onde é mais necessário”, afirmou o diretor-geral da OMS, a partir da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, a procura do medicamento anti-inflamatório esteroide aumentou, depois de dados preliminares de um estudo realizado no Reino Unido terem revelado o efeito benéfico do fármaco, ao reduzir a mortalidade de doentes com covid-19 que têm dificuldade em respirar e precisam de receber oxigénio ou estar ligados a um ventilador.

“É um medicamento barato, existem muitos fabricantes em todo o mundo que podem acelerar a produção”, sublinhou o diretor-geral da OMS, exortando os países a serem solidários, a trabalharem “juntos” para que o fármaco “chegue aos países e aos doentes mais necessitados”.

Na quarta-feira, o presidente da autoridade nacional do medicamento (Infarmed), Rui Santos Ivo, admitiu que o dexametasona pode já estar a ser usado em Portugal no combate a casos graves de covid-19, mas pediu cautela na interpretação dos resultados do estudo.

Rui Santos Ivo adiantou que o uso do fármaco está autorizado em Portugal desde a década de 1960, sendo utilizado “em várias situações” devido, nomeadamente, às suas “características de anti-inflamatório e imunossupressor”.

SO/LUSA

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