Baixo Alentejo define cinco prioridades de saúde até 2030: cancro do pulmão, AVC, diabetes, hipertensão e obesidade
O Plano Local de Saúde do Baixo Alentejo deixa de fora, para já, outras patologias como o enfarte do miocárdio, a depressão, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e alguns tipos de cancro.

O cancro do pulmão, o acidente vascular cerebral (AVC), a diabetes, a hipertensão arterial e a obesidade foram identificados como as cinco prioridades do Plano Local de Saúde (PLS) do Baixo Alentejo 2030, que será apresentado à população na próxima quinta-feira. O anúncio foi feito hoje por Sara Duarte, coordenadora técnica do plano.
Em declarações à agência Lusa, Sara Duarte explicou que o PLS é um “instrumento estratégico e operacional” que pretende “melhorar a saúde e o bem-estar da população do Baixo Alentejo”. O documento tem como objetivos principais promover ganhos em saúde, melhorar a qualidade de vida, reduzir desigualdades e reforçar a participação comunitária e a colaboração entre diferentes setores.
O plano foi elaborado com a participação de serviços de saúde, autarquias, escolas, entidades sociais e forças de segurança. Após ouvir a população, foram inicialmente identificados 14 problemas de saúde, dos quais se destacaram o AVC e o cancro da traqueia, brônquios e pulmão. A estes juntaram-se, por recomendação de profissionais, mais três doenças prioritárias: diabetes, hipertensão arterial e obesidade. “Definimos metas concretas até 2030, selecionámos estratégias comprovadas e deixámos recomendações de implementação”, sublinhou a coordenadora.
Entre as metas delineadas, o plano prevê:
AVC: aumentar em 50% o número de utentes com avaliação de risco cardiovascular e reduzir em 10% a taxa de mortalidade padronizada e em 20% a mortalidade prematura.
Cancro do pulmão: reduzir em 10% a prevalência do consumo de tabaco e diminuir em 5% a taxa de mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão. O número de pontos de consulta para cessação tabágica deverá também aumentar para cinco.
Diabetes: reduzir a mortalidade e amputações por pé diabético (-20%) e aumentar para 90% a proporção de doentes com exame oftalmológico atualizado.
Hipertensão: garantir acompanhamento adequado a 60% dos hipertensos e reduzir em 5% a taxa de HTA e de complicações associadas.
Obesidade: baixar em 10% a incidência global e reduzir a prevalência do excesso de peso e obesidade infantil (-15%) e adulta (-10%).
O plano deixa de fora, para já, outras patologias como o enfarte do miocárdio, a depressão, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e alguns tipos de cancro. Sara Duarte destacou ainda que a saúde “não depende apenas dos serviços de saúde, mas também dos hábitos e condições de vida da população”. “A saúde define-se pelo que fazemos todos os dias. O nosso objetivo é que as pessoas percebam que cada um tem um papel no seu próprio estado de saúde”, concluiu.
SO/LUSA
Notícia relacionada
ULS do Baixo Alentejo tem cerca de 19 mil utentes sem médico de família












