Papilocare: eficácia comprovada na eliminação do HPV e lesões
E quando o cancro pode ser uma doença comunicável?” e “Infeção por HPV: Novos resultados do tratamento de lesões e clearance viral” foram os temas abordados na sessão realizada no dia 10 de maio, no âmbito do OncoSummit, que teve lugar em Lisboa, de 10 a 12 de maio.
A sessão, promovida pela Procare Health, contou com as apresentações de Irina Ramilo, ginecologista do Centro Especializado de Endometriose do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Lusíadas de Lisboa e do Hospital de Vila Franca de Xira e autora da página “A ginecologista da minha melhor amiga”, e de Patricia Sanmartin Salinas, farmacêutica oncológica e diretora médica internacional com experiência no desenvolvimento de estratégias clínicas.
Irina Ramilo começou por fazer uma contextualização acerca do vírus do papiloma humano (HPV), dizendo que é responsável por um elevado número de infeções, cuja maioria é assintomática e de regressão espontânea. É uma das infeções de transmissão sexual mais comuns, existindo, até à data, mais de 200 tipos de HPV identificados, dos quais cerca de 40 infetam preferencialmente o sistema anogenital: vulva, vagina, colo do útero, pénis e áreas perianais.
Segundo dados, na população sexualmente ativa, 50 a 80% dos indivíduos adquirem infeção por HPV em alguma altura da sua vida. Este vírus está presente em quase 100% dos CCU e 80% das infeções acabam por regredir espontaneamente.
A ginecologista indicou que existem quatro fatores que intervêm na eliminação e persistência do HPV, nomeadamente o tipo de HPV, que não é manobrável; o estado imune do hospedeiro; a estrutura histológica do colo uterino; e a microbiota vaginal.
“A maioria dos rastreios tem evoluído no sentido de sermos cada vez menos interventivos. Se optarmos por uma estratégia ‘wait and see’, na maioria das vezes o HPV negativa. Se persistir devemos intervir de forma a aumentar a capacidade de a mulher eliminar o vírus espontaneamente e podemos fazê-lo no epitélio, na imunidade, no microbioma vaginal e no impacto psicológico”, mencionou Irina Ramilo.
Novos resultados do tratamento de lesões e clearance viral
A oradora Patricia Sanmartin Salinas falou sobre o desenvolvimento clínico do produto Papilocare, fazendo referência a vários estudos que demonstraram a sua eficácia no que respeita à eliminação do vírus e das lesões.
Segundo a oradora, é sabido que há fatores que não são modificáveis, porém é possível “modificar o epitélio, melhorar a microbiota e, consequentemente, o sistema imune”.
“Foi desenvolvido um gel vaginal, à base de coriolus versicolor, denominado Papilocare, como ferramenta para modificar estes três fatores. É um produto que vai aumentar a reepitelização, melhorar a microbiota e gerar um ambiente adequado para que o sistema imune possa lutar contra o vírus”, afirmou.
E acrescentou: “Há muita evidência de como o coriolus versicolor pode lutar contra o vírus, mas temos também outros ingredientes transportados por niossomas, tecnologia patenteada, que ajudam a atuar no local onde o HPV se está a multiplicar.”
A oradora disse que foi testado, em vários estudos, o mecanismo de ação do produto, tendo ficado demonstrado que, em 12 dias, tinha muito boa reepitelização do epitélio. 55% das pacientes alcançaram a normalidade e 95% melhoraram a reepitilização.
“O Papilocare é um produto muito bem tolerado e sem registo significativo de efeitos adversos, o que é importante em termos de segurança”, observou Patricia Sanmartin Salinas.
E continuou: “A consistência dos dados é muito importante para a credibilidade da eficácia do produto, que está desenhado para ser utilizado em pacientes com HPV positivo e citologia normal ou um HPV positivo e lesão de baixo grau.
É uma ajuda para modificar tudo o que é passível de ser modificado e ajudar na regressão das lesões. Enquanto esperamos, temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.”
SO
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