Rosa de Pinho - Saúde Online https://saudeonline.pt/tag/rosa-de-pinho/ Notícias sobre saúde Fri, 17 May 2024 11:46:15 +0000 pt-PT hourly 1 https://saudeonline.pt/wp-content/uploads/2018/12/cropped-indentity-32x32.png Rosa de Pinho - Saúde Online https://saudeonline.pt/tag/rosa-de-pinho/ 32 32 Inércia terapêutica. “Devíamos ter uma atitude mais proativa no combate à HTA” https://saudeonline.pt/inercia-terapeutica-deviamos-ter-uma-atitude-mais-proativa-no-combate-a-hta/ Fri, 17 May 2024 08:46:33 +0000 https://saudeonline.pt/?p=159356 O conteúdo <i class="iconlock fa fa-lock fa-1x" aria-hidden="true" style="color:#e82d43;"></i> Inércia terapêutica. “Devíamos ter uma atitude mais proativa no combate à HTA” aparece primeiro em Saúde Online.

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Guidelines hipertensão 2023: Highlights para a prática clínica https://saudeonline.pt/guidelines-hipertensao-2023-highlights-para-a-pratica-clinica/ Fri, 22 Mar 2024 16:17:53 +0000 https://saudeonline.pt/?p=156951 O conteúdo <i class="iconlock fa fa-lock fa-1x" aria-hidden="true" style="color:#e82d43;"></i> Guidelines hipertensão 2023: Highlights para a prática clínica aparece primeiro em Saúde Online.

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Oradores

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“O grau de controlo [dos doentes hipertensos] está aquém daquilo que consideramos adequado” https://saudeonline.pt/o-grau-de-controlo-dos-doentes-hipertensos-esta-aquem-daquilo-que-consideramos-adequado/ https://saudeonline.pt/o-grau-de-controlo-dos-doentes-hipertensos-esta-aquem-daquilo-que-consideramos-adequado/#respond Thu, 14 Mar 2024 15:20:42 +0000 https://saudeonline.pt/?p=156414 Rosa de Pinho, médica de família, é uma das oradoras da sessão “Guidelines hipertensão 2023: highlights para a prática clínica”. Em entrevista a médica fala sobre as principais novidades destas novas orientações, para o tratamento da HTA, um importante fator de risco cardiovascular e cujo grau de controlo ainda está aquém do espectável.
Esta sessão conta também com Jorge Polónia, internista, e Paulo Pessanha, médico de família, como oradores, e com Manuel Viana, médico de família, como moderador.

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HTA

Qual a importância de se realizar uma sessão sobre este tema neste evento?

Em Portugal, a principal causa de morte continua a ser as doenças cardiocerebrovasculares e, dentro destas, o acidente vascular cerebral (AVC) ainda é o principal culpado. Além da mortalidade, provoca também grande morbilidade, tendo a incapacidade provocada pelo AVC um custo enorme na saúde do doente, da família e da comunidade.

A hipertensao arterial (HTA) é o principal fator de risco para o AVC e, por isso, sabendo que estas Jornadas têm como público-alvo a MGF, com um número de inscritos muito elevado, e que o ano de 2023 foi marcado pela atualização das Guidelines Europeias para o Seguimento da HTA, faz todo sentido partilhar com os colegas MGF as orientações nesta área.

Somos nós, MGF, que tratamos a grande maioria dos hipertensos, mas infelizmente o grau de controlo está aquém daquilo que consideramos adequado e isso deve-se à não adesão dos doentes, mas a muita inércia médica, quer no início do tratamento, quer na utilização das terapêuticas mais adequadas para o doente.

Quais as principais novidades das guidelines de 2023?Diagnóstico da pressão arterial diastólica (PAD) isolada;

  • Diagnóstico a partir dos 16 anos e não apenas 18 anos, como anteriormente;
  • AMPA para fazer seguimento;
  • Atingir PA alvo em 3 meses;
  • Recomenda-se a determinação do risco CV com os sistemas SCORE2 e SCORE2-OP para os hipertensos que não tenham já alto ou muito alto risco devido a doença CV estabelecida, DRC, diabetes de longa data ou complicada, LOMH grave ou elevação muito marcada de um único fator de risco (IB);
  • Gestão da HTA no idoso de acordo com nível de fragilidade e funcionalidade: Deve ser avaliada funcionalidade/nível de fragilidade na avaliação inicial e depois periodicamente. Separação de dois grupos de idosos por idades: 65-79 anos e >=80 anos;
  • Novas tecnologias e cuidado virtual são recomendadas para melhorar a gestão da HTA durante o follow-up;
  • Reforça o papel do team based care.
    A evidência suporta um papel positivo do farmacêutico da comunidade na deteção e controlo da hipertensão e fatores de risco CV.
    A participação do enfermeiro nas equipas com um papel além da medição da PA pode ser de especial relevância.
  • O seguimento pode ser feito por equipas que proporcionam o conhecimento e cooperação entre diferentes especialistas médicos e outros profissionais de saúde, estando as intervenções baseadas em equipas associadas a maiores reduções da PA e aumento das taxas de controlo.

Quais as principais conclusões/ideias-chave que pretende transmitir aos colegas durante a apresentação?

  • A HTA é o principal fator de risco para muitas patologias, mas é por si só uma doença.
  • Há múltiplos fatores de risco para HTA, sendo que a pobreza, poluição sonora e ambiental podem contribuir para desencadear e agravar a HTA.
  • Não se pode dissociar o tratamento farmacológico do não farmacológico da HTA, sendo que, quanto mais jovens forem, mais importantes serão as alterações do estilo de vida.
  • A principal causa de não controlo da PA pela não adesão e inércia médica
  • Diagnostico deve ser confirmado pela avaliação em consultório.
  • Novas tecnologias e cuidado virtual são recomendadas para melhorar a gestão da HTA durante o follow-up.
  • Estratégia de seguimento dos doentes:
  1. Durante os primeiros 3 meses (objetivo de tempo para alcançar controlo): efetuar consulta repetidas com medição da PA
  2. Seguimento a curto prazo: em pacientes com PA fácil de controlar e baixo risco CV repetir a visita depois de um ano. Nos restantes avaliar em menos de 1 ano.
  3. Seguimento a longo prazo: em pacientes com PA fácil de controlar e baixo risco CV repetir fazer avaliação anual com exames complementares básicos ou alargados a cada ≥3 anos. Nos restantes o seguimento deve ser individualizado e mais frequente.

Team base care:

  1. A evidência suporta um papel positivo do farmacêutico da comunidade na deteção e controlo da hipertensão e fatores de risco CV.
  2. A participação do enfermeiro nas equipas com um papel além da medição da PA pode ser de especial relevância.
  3. O seguimento pode ser feito por equipas que proporcionam o conhecimento e cooperação entre diferentes especialistas médicos e outros profissionais de saúde, estando as intervenções baseadas em equipas associadas a maiores reduções da PA e aumento das taxas de controlo.

SM

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Jornadas Multidisciplinares de Medicina Geral e Familiar um evento a não perder

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Hipertensão. “Em equipa é possível mudar o panorama do risco cardiovascular” https://saudeonline.pt/hipertensao-em-equipa-e-possivel-mudar-o-panorama-do-risco-cardiovascular-2/ https://saudeonline.pt/hipertensao-em-equipa-e-possivel-mudar-o-panorama-do-risco-cardiovascular-2/#respond Fri, 09 Feb 2024 10:23:32 +0000 https://saudeonline.pt/?p=155101 Rosa de Pinho é a Presidente do 18.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, que decorre entre amanhã e domingo, no Algarve. Em entrevista, fala sobre as novas guidelines europeias da ESH 2023 e sobre o papel de diferentes profissionais de saúde no controlo do risco cardiovascular.

O conteúdo Hipertensão. “Em equipa é possível mudar o panorama do risco cardiovascular” aparece primeiro em Saúde Online.

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O que podemos esperar do Congresso de Hipertensão e Risco Cardiovascular?

Esperamos, à semelhança dos anos anteriores, que seja um momento de partilha sobre as novidades da área da hipertensão (HTA) e risco cardiovascular. Destaco o facto de ser o primeiro evento depois da publicação das novas guidelines da European Society of Hypertension (ESH) 2023. Queremos manter o rigor científico, mas também proporcionar aos colegas de diferentes áreas que esclareçam dúvidas e que partilhem experiências.

 

Relativamente às novas guidelines de 2023, quais as principais mudanças?

Não existem propriamente muitas novidades. O diagnóstico continua a basear-se no consultório, dando-se cada vez mais importância à responsabilização do doente, e fora do consultório mantém-se o recurso a  AMPA/MAPA. Os valores alvo cut-off continuam a ser os mesmos, dependo obviamente do local onde é feita a medição da pressão arterial. No que diz respeito aos fármacos, não há mudanças nas substâncias, a questão é mais no uso da single pill combination, reforçando que a monoterapia deve ser prescrita apenas em situações muito particulares. A população portuguesa, assim como outros europeus, têm um risco cardiovascular moderado, com mais que um fator de risco, o que exige, pelo menos, dois fármacos para controlar a pressão arterial. Nestas guidelines está bem vincado que se deve optar, na maioria dos doentes, pela terapêutica dupla. Como um dos grandes problemas é a não adesão, alerta-se para a relevância da single pill combination de longa ação.

Outro ponto fundamental, e que surge deste vez de forma mais aprofundada do que é habitual, é o follow-up do doente hipertenso, dando-se particular ênfase ao envolvimento de diferentes profissionais de saúde. Não basta envolver médicos, é preciso contar com enfermeiros e farmacêuticos, num trabalho de partilha. Quanto ao timing para se manter o doente controlado, ao fim de três meses de diagnóstico ou de alteração de terapêutica convém existir um bom controlo da patologia. E, obviamente, destaca-se o problema da não adesão, que é a principal causa para não controlo da HTA, abordando-se estratégias que podem ser aplicadas na prática clínica. Também se chama a atenção para a inércia clínica, para que os médicos comecem a medicar mais cedo e com as terapêuticas mais adequadas.

“Perante um doente com um valor no limite, por exemplo uma sistólica de 145 mmol/L, existe a tendência de se desculpar o doente, achando que esse valor se deve a uma comida mais salgada ou ao stress de ter ido a correr para a consulta”

Olhando para o panorama das doenças cardiovasculares em Portugal, o que mais destaca é a não adesão à terapêutica?

Existem três problemas. Primeiramente, a população geral ainda não percebeu a importância de se vigiar a pressão arterial, o que exige da nossa parte um investimento maior na literacia em saúde. A HTA é uma patologia que não dói, não dá sintomas na maioria das vezes e quando estes surgem já é grave. É preciso medir a pressão arterial com regularidade. Da parte dos profissionais de saúde, é fulcral combater a inércia médica. Perante um doente com um valor no limite, por exemplo uma sistólica de 145 mmol/L, existe a tendência de se desculpar o doente, achando que esse valor se deve a uma comida mais salgada ou ao stress de ter ido a correr para a consulta. Mas, muitas vezes, já é mesmo preciso fazer medicação. Outra questão é o utente que inicia medicação e, como não tem sintomas e se sente bem, deixa de fazer o tratamento. Temos de trabalhar nestes três pontos para se melhorar o panorama geral da saúde cardiovascular.

No Congresso vão realizar-se dois simpósios: o Luso-Brasileiro e o Luso-Húngaro. Qual a sua relevância?

Ambos surgem na sequência das relações internacionais da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPHTA) ao longo dos anos. Existe uma relação muito estreita com o Brasil, pela nossa História. No caso da Hungria, apesar de ser um país que não tem características semelhantes ao nosso em termos culturais, têm-nas no que diz respeito ao risco cardiovascular. É importante esta troca de experiências.

Mais uma vez vai ser um Congresso multidisciplinar. Essa é o mote para combater a HTA e o risco cardiovascular?

Sim, é verdade. Teremos sessões com farmacêuticos, porque um dos temas atuais é a prescrição partilhada entre médicos e farmacêuticos. E contamos com outros profissionais, como enfermeiros e nutricionistas. Em equipa é possível combater o problema da HTA e mudar o panorama do risco cardiovascular.

MJG

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Cerca de um terço dos portugueses sofre de hipertensão, indica relatório da OMS

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hipertensão

O que podemos esperar do Congresso de Hipertensão e Risco Cardiovascular?

Esperamos, à semelhança dos anos anteriores, que seja um momento de partilha sobre as novidades da área da hipertensão (HTA) e risco cardiovascular. Destaco o facto de ser o primeiro evento depois da publicação das novas guidelines da European Society of Hypertension (ESH) 2023. Queremos manter o rigor científico, mas também proporcionar aos colegas de diferentes áreas que esclareçam dúvidas e que partilhem experiências.

 

Relativamente às novas guidelines de 2023, quais as principais mudanças?

Não existem propriamente muitas novidades. O diagnóstico continua a basear-se no consultório, dando-se cada vez mais importância à responsabilização do doente, e fora do consultório mantém-se o recurso a  AMPA/MAPA. Os valores alvo cut-off continuam a ser os mesmos, dependo obviamente do local onde é feita a medição da pressão arterial. No que diz respeito aos fármacos, não há mudanças nas substâncias, a questão é mais no uso da single pill combination, reforçando que a monoterapia deve ser prescrita apenas em situações muito particulares. A população portuguesa, assim como outros europeus, têm um risco cardiovascular moderado, com mais que um fator de risco, o que exige, pelo menos, dois fármacos para controlar a pressão arterial. Nestas guidelines está bem vincado que se deve optar, na maioria dos doentes, pela terapêutica dupla. Como um dos grandes problemas é a não adesão, alerta-se para a relevância da single pill combination de longa ação.

Outro ponto fundamental, e que surge deste vez de forma mais aprofundada do que é habitual, é o follow-up do doente hipertenso, dando-se particular ênfase ao envolvimento de diferentes profissionais de saúde. Não basta envolver médicos, é preciso contar com enfermeiros e farmacêuticos, num trabalho de partilha. Quanto ao timing para se manter o doente controlado, ao fim de três meses de diagnóstico ou de alteração de terapêutica convém existir um bom controlo da patologia. E, obviamente, destaca-se o problema da não adesão, que é a principal causa para não controlo da HTA, abordando-se estratégias que podem ser aplicadas na prática clínica. Também se chama a atenção para a inércia clínica, para que os médicos comecem a medicar mais cedo e com as terapêuticas mais adequadas.

“Perante um doente com um valor no limite, por exemplo uma sistólica de 145 mmol/L, existe a tendência de se desculpar o doente, achando que esse valor se deve a uma comida mais salgada ou ao stress de ter ido a correr para a consulta”

Olhando para o panorama das doenças cardiovasculares em Portugal, o que mais destaca é a não adesão à terapêutica?

Existem três problemas. Primeiramente, a população geral ainda não percebeu a importância de se vigiar a pressão arterial, o que exige da nossa parte um investimento maior na literacia em saúde. A HTA é uma patologia que não dói, não dá sintomas na maioria das vezes e quando estes surgem já é grave. É preciso medir a pressão arterial com regularidade. Da parte dos profissionais de saúde, é fulcral combater a inércia médica. Perante um doente com um valor no limite, por exemplo uma sistólica de 145 mmol/L, existe a tendência de se desculpar o doente, achando que esse valor se deve a uma comida mais salgada ou ao stress de ter ido a correr para a consulta. Mas, muitas vezes, já é mesmo preciso fazer medicação. Outra questão é o utente que inicia medicação e, como não tem sintomas e se sente bem, deixa de fazer o tratamento. Temos de trabalhar nestes três pontos para se melhorar o panorama geral da saúde cardiovascular.

No Congresso vão realizar-se dois simpósios: o Luso-Brasileiro e o Luso-Húngaro. Qual a sua relevância?

Ambos surgem na sequência das relações internacionais da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPHTA) ao longo dos anos. Existe uma relação muito estreita com o Brasil, pela nossa História. No caso da Hungria, apesar de ser um país que não tem características semelhantes ao nosso em termos culturais, têm-nas no que diz respeito ao risco cardiovascular. É importante esta troca de experiências.

Mais uma vez vai ser um Congresso multidisciplinar. Essa é o mote para combater a HTA e o risco cardiovascular?

Sim, é verdade. Teremos sessões com farmacêuticos, porque um dos temas atuais é a prescrição partilhada entre médicos e farmacêuticos. E contamos com outros profissionais, como enfermeiros e nutricionistas. Em equipa é possível combater o problema da HTA e mudar o panorama do risco cardiovascular.

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Hipertensão arterial: “Ainda temos uma taxa de controlo muito abaixo do esperado” https://saudeonline.pt/hipertensao-arterial-ainda-temos-uma-taxa-de-controlo-muito-abaixo-do-esperado-2/ https://saudeonline.pt/hipertensao-arterial-ainda-temos-uma-taxa-de-controlo-muito-abaixo-do-esperado-2/#respond Thu, 04 May 2023 14:37:52 +0000 https://saudeonline.pt/?p=143397 Rosa de Pinho assumiu recentemente a presidência da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. É a primeira especialista em Medicina Geral e Familiar a presidir a esta sociedade científica. A médica fala dos objetivos da nova Direção, dos principais desafios da área, entre outros assuntos. No seu entender, apesar haver “uma variedade grande de fármacos para tratar os hipertensos”, a “taxa de controlo ainda está muito abaixo do esperado”.

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hipertensão

Assumiu recentemente a presidência da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. O que a levou a abraçar este desafio?
A necessidade de haver uma mudança na SPH, de haver uma maior proximidade com os colegas que tratam hipertensos. Fiz parte das direções anteriores, fui participando em projetos iniciados anteriormente e com os quais me identificava e acredito terem potencial para melhorar a nossa saúde cardiovascular.

É a primeira especialista em MGF a presidir a esta sociedade. Como é que encara esta responsabilidade?
É verdade. A Sociedade já existe há 19 anos, mas é a primeira vez que a Direção é assumida por alguém de MGF.  O facto de ser de MGF poderá tornar a SPH mais próxima de toda comunidade, que se identifica muito com a sua equipa de saúde, e mais próximo dos profissionais de saúde. Por um lado, dos não médicos, por sentirem que a SPH está mais receptiva à integração de vários profissionais de variadas áreas e, por outro lado, da comunidade médica, com especial ênfase na área de MGF, por se identificarem mais comigo.

Claro que isto não quer dizer que não considero as outras especialidades importantes, pelo contrário, para combater este flagelo da HTA todos são importantes e todos vão continuar a ter um papel importante nesta Sociedade.

“É a primeira vez que a Direção é assumida por alguém de MGF.”

Quais os seus objetivos para este mandato?
Melhorar o grau de controlo dos nossos hipertensos, para isso pretendo fazer formação em três grandes áreas: para a comunidade em geral, melhorando a literacia em saúde nesta área, para profissionais de saúde não médicos (enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de saúde) e para os médicos, em especial colegas de MGF, pois a grande maioria dos hipertensos são tratados e vigiados nos cuidados de saúde primários e é nesta área que há muita inércia médica.

Quais são os principais desafios que o tratamento e o seguimento da HTA apresentam aos médicos em geral e mais concretamente aos médicos de família?
O primeiro desafio está relacionado com o utente, por um lado sensibilizá-lo para o problema da HTA e da importância de vigiar a PA, por outro lado a melhorar adesão, no caso do doente já ter hipertensão identificada. O desafio dos médicos de família é conseguir gerir tanta tarefa, é manter o foco no doente apesar de cada vez mais ter tarefas burocráticas para resolver. No caso concreto do doente hipertenso, o desafio é tratar adequadamente o utente sem se limitar apenas ao cumprimento de indicadores de saúde e limiares de custo. Temos de tratar melhor os nossos hipertensos.

Como é que vê a abordagem e o tratamento do doente hipertenso em Portugal? Os nossos doentes são bem tratados?
Em Portugal, temos uma variedade grande de fármacos à nossa disposição para tratar os hipertensos, e todos tem uma comparticipação grande. No entanto, ainda temos uma taxa de controlo muito abaixo do esperado, por um lado, pela não adesão e, por outro lado, porque tratamos inadequadamente os nossos hipertensos, quer com monoterapia em situações na qual não está recomendada, quer a usar associações livres e ainda usando fármacos que não fazem cobertura de 24 horas. Considerando que os nossos hipertensos são doentes com outros fatores de risco associados, temos de os tratar tendo em conta todo seu risco cardiovascular global.

“Os nossos hipertensos são doentes com outros fatores de risco associados, temos de os tratar tendo em conta todo seu risco cardiovascular global.”

Como é que vê o futuro do tratamento da HTA em Portugal?
Eu sou uma pessoa otimista e considero que temos um bom sistema de saúde, e uma rede de cuidados de saúde primários que na maioria dos sítios funciona bem. Na área cardiovascular em particular, é uma área na qual temos de investir apesar de saber que não conseguimos ter ganhos em saúde, a curto prazo. Podemos ver um doente a perder peso, a melhorar o colesterol e a ficar com a pressão arterial controlada, mas efetivamente os ganhos em saúde, a diminuição dos eventos, da morbilidade e mortalidade apenas se vai refletir a longo prazo. Infelizmente, esse tem sido o erro dos nossos superiores, apenas pensam a quatro anos, querem ter resultados a curto prazo e na área da saúde, isso é difícil. Temos de fazer grandes investimentos no presente, mas isso apenas se vai refletir após uns bons anos, mas não é por isso que não devemos fazer esse investimento. Na SPH a continuidade dos projetos é o segredo para termos sucesso.

“Na SPH a continuidade dos projetos é o segredo para termos sucesso.”

 

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Hipertensão: “Todas as guidelines preconizam as associações fixas”

 

Texto: Sílvia Malheiro 

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