Arsénio Santos - Saúde Online https://saudeonline.pt/tag/arsenio-santos/ Notícias sobre saúde Mon, 22 Apr 2024 10:17:26 +0000 pt-PT hourly 1 https://saudeonline.pt/wp-content/uploads/2018/12/cropped-indentity-32x32.png Arsénio Santos - Saúde Online https://saudeonline.pt/tag/arsenio-santos/ 32 32 Um caminho sem volta: a importância de prevenir as doenças hepáticas https://saudeonline.pt/um-caminho-sem-volta-a-importancia-de-prevenir-as-doencas-hepaticas-2/ https://saudeonline.pt/um-caminho-sem-volta-a-importancia-de-prevenir-as-doencas-hepaticas-2/#respond Fri, 19 Apr 2024 08:00:44 +0000 https://saudeonline.pt/?p=158170 Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF)

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Estima-se que cerca de 8% a 10% dos portugueses tenham problemas do fígado. Embora seja a nona causa de morte em geral, destaca-se como a quarta causa principal de óbitos prematuros (antes dos 70 anos). O consumo de álcool emerge como o fator primordial por trás destes dados preocupantes.

O fígado é um órgão essencial do corpo humano, funcionando como centralizador da função digestiva, capaz de produzir e excretar a bílis e de metabolizar e armazenar parte dos nutrientes provenientes da absorção intestinal. A cada minuto, passam pelo fígado cerca de um a dois litros de sangue, representando 20% do consumo total de oxigénio do corpo humano. Até ao momento, não existem mecanismos artificiais de substituição eficazes para as funções hepáticas.

Este órgão desempenha inúmeras funções tais como a síntese de proteínas, enzimas e hormonas, o controlo dos níveis de glicose no sangue, a metabolização e excreção da bilirrubina e a metabolização e excreção de múltiplos compostos orgânicos endógenos (hormonas, proteínas, vitaminas) e exógenos (drogas/tóxicos, medicamentos).

 À escala mundial, existem 1,5 mil milhões de pessoas com doenças hepáticas crónicas, que causam anualmente 2 milhões de mortes. A causa mais comum de doença hepática crónica é, hoje em dia, a doença hepática esteatósica (anteriormente conhecida como fígado gordo não alcoólico) mas as hepatites virais B e C são as maiores responsáveis pelas mortes relacionadas com doença do fígado que ocorrem no mundo. Contudo, em Portugal, o consumo excessivo de álcool é ainda o principal causador de morte por doença hepática.

As doenças hepáticas podem passar despercebidas porque o fígado não possui sensores de dor. Podem ser assintomáticas ao longo de anos ou acompanhar-se de sintomas inespecíficos, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico. Enquanto isso acontece, a doença pode progredir, estando a evolução para quadros clínicos mais graves associada a problemas de saúde debilitantes, como a deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática), hemorragias, pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia), acumulação de líquido no interior da barriga (ascite), ou, até, cancro do fígado.

Mas é importante assinalar que mudanças simples no estilo de vida, como seguir uma dieta equilibrada, fazer exercício físico regular, rastreios regulares e a vacinação contra a hepatite B reduzem significativamente o risco de vir a ter uma doença hepática.

O Dia Mundial do Fígado, que se assinala anualmente a 19 de abril, tem por objetivo aumentar o conhecimento de todos nós sobre a saúde do fígado e sobre as possibilidades de prevenção das doenças hepáticas. A data é já sinalizada por um grande número de organizações internacionais, incluindo sociedades científicas e associações de doentes, que mobilizam esforços para consciencializar a população para a importância de cuidar da saúde do fígado, não só neste dia, mas durante todo o ano.

 

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Estima-se que cerca de 8% a 10% dos portugueses tenham problemas do fígado. Embora seja a nona causa de morte em geral, destaca-se como a quarta causa principal de óbitos prematuros (antes dos 70 anos). O consumo de álcool emerge como o fator primordial por trás destes dados preocupantes.

O fígado é um órgão essencial do corpo humano, funcionando como centralizador da função digestiva, capaz de produzir e excretar a bílis e de metabolizar e armazenar parte dos nutrientes provenientes da absorção intestinal. A cada minuto, passam pelo fígado cerca de um a dois litros de sangue, representando 20% do consumo total de oxigénio do corpo humano. Até ao momento, não existem mecanismos artificiais de substituição eficazes para as funções hepáticas.

Este órgão desempenha inúmeras funções tais como a síntese de proteínas, enzimas e hormonas, o controlo dos níveis de glicose no sangue, a metabolização e excreção da bilirrubina e a metabolização e excreção de múltiplos compostos orgânicos endógenos (hormonas, proteínas, vitaminas) e exógenos (drogas/tóxicos, medicamentos).

 À escala mundial, existem 1,5 mil milhões de pessoas com doenças hepáticas crónicas, que causam anualmente 2 milhões de mortes. A causa mais comum de doença hepática crónica é, hoje em dia, a doença hepática esteatósica (anteriormente conhecida como fígado gordo não alcoólico) mas as hepatites virais B e C são as maiores responsáveis pelas mortes relacionadas com doença do fígado que ocorrem no mundo. Contudo, em Portugal, o consumo excessivo de álcool é ainda o principal causador de morte por doença hepática.

As doenças hepáticas podem passar despercebidas porque o fígado não possui sensores de dor. Podem ser assintomáticas ao longo de anos ou acompanhar-se de sintomas inespecíficos, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico. Enquanto isso acontece, a doença pode progredir, estando a evolução para quadros clínicos mais graves associada a problemas de saúde debilitantes, como a deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática), hemorragias, pele e olhos com tonalidade amarela (icterícia), acumulação de líquido no interior da barriga (ascite), ou, até, cancro do fígado.

Mas é importante assinalar que mudanças simples no estilo de vida, como seguir uma dieta equilibrada, fazer exercício físico regular, rastreios regulares e a vacinação contra a hepatite B reduzem significativamente o risco de vir a ter uma doença hepática.

O Dia Mundial do Fígado, que se assinala anualmente a 19 de abril, tem por objetivo aumentar o conhecimento de todos nós sobre a saúde do fígado e sobre as possibilidades de prevenção das doenças hepáticas. A data é já sinalizada por um grande número de organizações internacionais, incluindo sociedades científicas e associações de doentes, que mobilizam esforços para consciencializar a população para a importância de cuidar da saúde do fígado, não só neste dia, mas durante todo o ano.

 

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Obesidade: Qual o impacto para a saúde do fígado? https://saudeonline.pt/obesidade-qual-o-impacto-para-a-saude-do-figado/ https://saudeonline.pt/obesidade-qual-o-impacto-para-a-saude-do-figado/#respond Mon, 04 Mar 2024 10:19:56 +0000 https://saudeonline.pt/?p=155895 Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF)

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A obesidade é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, tendo um impacto muito profundo na saúde, nomeadamente no que diz respeito ao fígado.

O fígado é um órgão vital que desempenha uma série de funções essenciais no corpo humano, incluindo o metabolismo de gorduras. No entanto, quando uma pessoa está acima do seu peso normal, o fígado fica sobrecarregado com o excesso de gordura, levando a uma condição conhecida como esteatose hepática. Esta condição é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado e pode ser um precursor de lesões hepáticas mais graves, como a esteatohepatite e a cirrose.

Quando o corpo acumula mais gordura do que aquela que pode metabolizar, o fígado é forçado a armazenar o excesso de gordura, o que pode levar à inflamação dos tecidos hepáticos. Com o tempo, isso pode evoluir para esteatohepatite, uma forma mais grave de doença em que à esteatose se associa inflamação do fígado. Se não for tratada, a esteatohepatite pode progredir para cirrose, uma condição na qual o tecido hepático normal é substituído por tecido cicatricial, resultando em danos irreversíveis do fígado e insuficiência hepática.

A gravidade da doença hepática pode aumentar se, além da obesidade, estiverem presentes outros fatores tais como diabetes e excesso de gorduras no sangue. Quando presentes, a ingestão de álcool e outros agressores – vírus da hepatite B ou C, por exemplo – tornam este quadro mais grave. Finalmente, a obesidade e a esteatohepatite aumentam o risco de cancro do fígado. Portanto, é fundamental reconhecer a obesidade como um fator de risco significativo para uma série de problemas de saúde hepática e adotar medidas eficazes para prevenir e tratar essa condição.

A boa notícia é que a obesidade é uma condição prevenível e tratável. É fundamental adotar estratégias de prevenção, nomeadamente a adoção de um estilo de vida saudável, que envolve uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e cereais integrais, juntamente com a prática regular de exercício físico. Além disso, é importante limitar o consumo de álcool, evitar o tabagismo e manter um peso corporal saudável.

A consciencialização pública desempenha um papel crucial na abordagem da obesidade e nas consequências para a saúde hepática. A aposta em programas educacionais e campanhas de sensibilização devem ser implementadas para destacar os riscos associados à obesidade e promover hábitos de vida saudáveis desde a infância.

Através de uma abordagem abrangente é possível reduzir a prevalência da obesidade e proteger a saúde do fígado.

 

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A realidade das doenças hepáticas raras em Portugal https://saudeonline.pt/a-realidade-das-doencas-hepaticas-raras-em-portugal-2/ https://saudeonline.pt/a-realidade-das-doencas-hepaticas-raras-em-portugal-2/#respond Thu, 29 Feb 2024 09:30:35 +0000 https://saudeonline.pt/?p=155619 Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF)

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No dia 29 de fevereiro assinala-se o Dia Mundial das Doenças Raras, iniciativa que visa aumentar a consciencialização sobre estas doenças e melhorar o acesso das pessoas afetadas ao diagnóstico, ao tratamento e à assistência médica.

De acordo com a declaração da Comissão Europeia de Saúde Pública, as doenças raras são um grupo de doenças potencialmente fatais ou cronicamente debilitantes com uma prevalência tão baixa que são necessários esforços especiais para serem devidamente valorizadas pela sociedade. Uma doença é considerada rara quando afeta menos de 1 em cada 2 mil pessoas.

São muitas e diversas estas patologias, que podem ter origem genética, autoimune, infecciosa ou neoplásica. Muitas delas surgem logo ao nascimento ou na infância, enquanto outras se manifestam na idade adulta, e é grande a variedade de sintomas. Atualmente, cerca de 7 mil doenças diferentes são reconhecidas como raras, afetando, no seu conjunto, cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 6% da população apresente o diagnóstico de uma doença rara, o que significa que em Portugal existirão cerca de 600 mil pessoas com uma destas patologias. Muitas destas condições requerem atenção especializada e pesquisa contínua para melhor compreender as suas causas e desenvolver os tratamentos adequados.

Este é um domínio da Medicina que abrange todas as especialidades médicas e cirúrgicas, incluindo a área da Hepatologia. De acordo com a European Liver Patients’ Association (ELPA), as doenças hepáticas raras afetam entre 1 por 50 mil e 1 por 100 mil nascimentos, em todas as áreas geográficas. Algumas das doenças hepáticas raras são a Colangite Biliar Primária, a Síndrome de Alagille, a Porfiria Hepática Aguda, a Atresia Biliar, a Síndrome de Crigler-Najjar, a Galactosemia, as doenças de armazenamento de glicogénio, a Deficiência de Lipase Ácida Lisossomal, a Colangite Esclerosante Primária e a Doença de Wilson. A maioria delas têm já tratamento eficaz pelo que é indispensável que os doentes sejam identificados e referenciados em tempo oportuno para centros especializados com capacidade para confirmar o diagnóstico e realizar o tratamento.

A mais comum é a Colangite Biliar Primária (CBP), estimando-se que afete cerca de 2 mil pessoas em Portugal, com maior prevalência nas mulheres. Esta condição autoimune é silenciosa e na maioria dos doentes demora um longo período até se manifestar. Contudo, pode tornar-se visível através de um conjunto de sintomas como comichão na pele, cansaço excessivo, secura dos olhos e da boca, dor na região abdominal direita, nos ossos, nas articulações e nos músculos, náuseas ou diarreia. Mais tardiamente, podem também surgir icterícia (coloração amarelada dos olhos e pele), urina escura, aumento do baço ou ascite (acumulação de líquido no abdómen).

Apesar dos sintomas poderem demorar anos a surgir, é possível o diagnóstico precoce da CBP através de análises ao sangue, ao detetar alteração dos valores hepáticos, principalmente da fosfatase alcalina.

Embora a CBP não tenha cura, existem medicamentos que, tomados ao longo da vida, melhoram as alterações hepáticas e evitam o agravamento da doença. Estes tratamentos, se bem feitos e instituídos precocemente, são extremamente eficazes. Se não for tratada, a CBP pode evoluir para cirrose hepática, importante causa de complicações e de morte.

Foi recentemente criada a “CBP Portugal”, uma associação de apoio a doentes com CBP. A APEF congratula-se com esta iniciativa, pela importância que as associações de doentes podem ter na ajuda e na defesa dos interesses dos doentes hepáticos.

Algumas das doenças raras representam um pesado fardo para os doentes e para os seus familiares e não têm ainda a atenção e os apoios que merecem por parte dos serviços de saúde e das instituições de apoio social.

Neste Dia Mundial das Doenças Raras, a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) junta-se ao esforço de todos os que assinalam esta data e com isso pretende aumentar a consciencialização para as doenças hepáticas raras.

 

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“Muitos profissionais de saúde carecem de uma formação específica em várias áreas das doenças raras”

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Gordura no fígado: como ter um estilo de vida saudável durante a época festiva https://saudeonline.pt/gordura-no-figado-como-ter-um-estilo-de-vida-saudavel-durante-a-epoca-festiva/ https://saudeonline.pt/gordura-no-figado-como-ter-um-estilo-de-vida-saudavel-durante-a-epoca-festiva/#respond Tue, 19 Dec 2023 09:00:05 +0000 https://saudeonline.pt/?p=152860 Artigo de opinião de Arsénio Santos, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

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Estamos a caminhar para mais uma época festiva. Quem nunca cometeu excessos nestas datas? No entanto, manter os hábitos alimentares próprios destas datas durante a rotina diária, poderá ter um impacto colossal na saúde, especialmente no fígado.

Um dos grandes exemplos das consequências de uma dieta excessiva é a esteatose hepática, mais conhecida por fígado gordo. Esta condição médica está, normalmente, associada a hábitos alimentares pouco saudáveis, sedentarismo e obesidade, e poderá levar a complicações muito graves, como é o caso da cirrose e do cancro do fígado. Como tal, é importante reforçar que, em 2021, dois terços da população portuguesa sofria de excesso de peso ou obesidade.

Em Portugal, a incidência da esteatose hepática também não é animadora e aponta-se que 15 por cento dos adultos, ou seja, aproximadamente 1 milhão e 200 mil pessoas apresentem esta condição, dos quais 200 a 300 mil apresentam formas graves da doença que, mais tarde, poderão culminar em cirrose. No caso das crianças, verifica-se uma percentagem mais reduzida, de 3%, de casos de esteatose, contudo os valores disparam para 20 a 50% de crianças obesas.

É possível não pertencer a esta estatística e evitar a acumulação de gordura no fígado, através de mudanças simples no dia a dia, como aumentar o consumo de água e evitar comidas ricas em gordura saturada e açúcar, e a ingestão de bebidas alcoólicas. Além disso, uma alimentação rica em fruta e vegetais, como é o caso da dieta de tipo mediterrâneo, é essencial para garantir o consumo de alimentos que têm um impacto positivo no funcionamento do fígado: maçã, abacate, cebola, alho, beterraba, batata-doce, brócolos, alcachofra e mirtilos, são alguns exemplos, entre outros.

Optar por carnes magras em vez de carnes vermelhas é outra dica de ouro na fase de prevenção. Nalguns casos, poderá ser útil a suplementação em vitaminas E e C, selénio e ácidos gordos ómega-3.

Nas épocas festivas, se existir vontade particular em manter as tradições alimentares (e todos os doces a que se tem direito), a moderação deve ser a regra, sendo também possível selecionar versões light, através da utilização de produtos com baixo teor de gordura e açúcar. E nos casos em que houver consumo de álcool, o mesmo deve ser pontual e moderado.

Por outro lado, não só o controlo da dieta deve ser monitorizado, mas sim todo o estilo de vida. É essencial manter uma prática regular de exercício físico, que contribua para a prevenção da obesidade.

A solução para a quadra festiva, quando se está longe do ginásio e perto da família, poderá ser simples, experimentando uma caminhada ou uma corrida na companhia dos entes queridos.

O fulcral é estar ativo e ter em mente que, ao adotar este tipo de comportamento, está a evitar-se a acumulação de gordura no fígado, enquanto se promove um convívio ativo e divertido.

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Manter uma alimentação equilibrada pode ajudar a prevenir as doenças do fígado https://saudeonline.pt/manter-uma-alimentacao-equilibrada-pode-ajudar-a-prevenir-as-doencas-do-figado/ https://saudeonline.pt/manter-uma-alimentacao-equilibrada-pode-ajudar-a-prevenir-as-doencas-do-figado/#respond Fri, 17 Nov 2023 09:00:41 +0000 https://saudeonline.pt/?p=151185 Artigo de opinião de Arsénio Santos, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), sobre a importância de manter uma alimentação equilibrada para combater as doenças do fígado.

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Manter uma alimentação saudável é um desafio, principalmente quando a meta recomendada é desviarmo-nos dos excessos. Se ainda não encontrou motivação, lembre-se de que vários órgãos são afetados pela comida que escolhe no seu dia a dia, e o fígado não é exceção.

O fígado é um órgão basilar do corpo humano, sendo responsável por muitas funções vitais como a metabolização de nutrientes, a desintoxicação do organismo e o armazenamento de vitaminas e minerais. Contudo, estas funcionalidades podem ficar comprometidas quando se está na presença de problemas de saúde como a Doença Hepática Esteatósica (DHE), também conhecida por fígado gordo.

A DHE é uma condição cada vez mais prevalente e está associada ao sedentarismo e à alimentação desequilibrada, rica em gorduras saturadas, açúcares e alimentos processados, o que contribui para o aumento dos índices de obesidade e também para esta acumulação de gordura no fígado.

Esta doença pode ser a abertura de portas para quadros de inflamação e fibrose (formação de cicatrizes) do fígado, que podem evoluir para situações mais graves, nomeadamente a cirrose hepática ou até mesmo o cancro do fígado. No entanto, apesar de todos os perigos de uma dieta descuidada, os níveis de excesso de peso e obesidade continuam a aumentar drasticamente por todo o globo, sendo que em Portugal 56% da população apresenta excesso de peso, um número acima da média europeia, de acordo com a Federação Mundial de Obesidade.

Para combater este problema e prevenir as doenças do fígado, não existe outra opção: é necessário olhar para o que come. A adoção de uma dieta que inclua frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, ajuda a fornecer os nutrientes essenciais para o bom funcionamento do fígado e a manter um peso saudável, o que é benéfico para o bem-estar geral.

Associar este cuidado a uma prática regular de atividade física é outra estratégia valiosa que não deve esquecer de incluir na sua rotina, pois o exercício físico ajuda a reduzir a acumulação de gordura no fígado, assim como o risco de desenvolver resistência à insulina e diabetes tipo 2, que também estão associadas à esteatose hepática.

Assim, é essencial sublinhar que as escolhas alimentares equilibradas e a prática de atividade física têm o poder de moldar a saúde do fígado, a sua vitalidade e energia. Opte sempre pela saúde nas pequenas decisões do dia a dia e verá que fará a diferença!

 

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