Vacina permite prevenir quase 97% dos casos

Com uma incidência de quase 900 novos casos por ano, o cancro do colo do útero tem como principal responsável o Papilomavírus Humano, a infeção de transmissão sexual mais frequente do mundo.

Com uma incidência de quase 900 novos casos por ano, o cancro do colo do útero tem como principal responsável o Papilomavírus humano. Estima-se que cerca de 80% das pessoas são, em algum momento ao longo da sua vida, infetadas pelo vírus, sendo a infeção de transmissão sexual mais frequente do mundo – qualquer pessoa que tenha atualmente ou já tenha tido relações pode ter contraído a infeção por HPV, que é o considerado o 2º carcinogéneo mais relevante, a seguir ao tabaco. Atualmente, cerca de 20% das mulheres portuguesas, entre os 18 e os 64 anos, estão infetadas pelo HPV, a maioria das quais regride sem necessidade de tratamento. Todavia, em 10% dos casos, a infeção torna-se persistente, o que é uma das condições para o desenvolvimento do cancro do Colo do Útero;

No que toca à transmissão, o HPV transmite-se muito facilmente durante o contacto sexual, genital ou oral. Associados ao HPV estão também associados cancros como o do ânus, pénis, vulva, vagina, orofaringe e da cabeça e pescoço e o aparecimento de verrugas genitais;

A infeção pelo HPV é assintomática por isso o rastreio é essencial – qualquer pessoa sexualmente ativa pode estar infetada e infetar o seu parceiro sem saber. Em termos de prevenção, o uso de preservativo previne a transmissão do vírus, mas não em 100% dos casos, pois não recobre todas as áreas de contacto sexual.

Segundo os especialistas, a forma mais eficaz de proteção é associar a vacinação ao rastreio.

As mulheres devem fazer rastreios regularmente para despiste ou diagnóstico de complicações oncológicas.

Em Portugal, foi introduzida no mercado, em junho de 2015, uma vacina nonavalente com potencial para prevenir 90% dos casos de cancro do colo do útero, permitindo reduzir o risco de infeção persistente, mesmo em pessoas sexualmente ativas e já tratadas a lesões causadas pelo vírus. A eficácia desta vacina, desenvolvida pela multinacional MSD está comprovada em mulheres entre os 9 e os 45 anos e em homens até aos 25 anos, ainda que não exista idade limite para a vacinação.

 

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