Urgência de Oftalmologia do Hospital de Santa Maria sem médicos suficientes

À semelhança do que tem acontecido na ala obstétrica do hospital, também o serviço de oftalmologia tem uma grande lacuna nos recursos humanos.

À semelhança do que tem acontecido na ala obstétrica do hospital, também o serviço de oftalmologia tem uma deficiência no que respeita aos recursos humanos, só que com uma pequena diferença – ao passo que o serviço de Obstetrícia está com problemas de pessoal nesta altura do verão, no serviço de oftalmologia essa lacuna está presente durante o resto do ano, avança o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) na sua página oficial.

“A urgência é assegurada habitualmente por um especialista e um interno, inclusive do primeiro ou segundo anos, o que evidentemente não equivale a um especialista”, pode ler-se no website do SIM. Além disso, expõem ainda que, durante o turno da noite, um período especialmente e normalmente mais agitado, “mantêm-se os mesmos dois elementos”.

Quando existe necessidade de realizar uma cirurgia a algum paciente, a equipa que atende é a mesma que vai operar, “não restando ninguém para dar apoio no gabinete, ao contrário do que acontece com as equipas do Instituto Gama Pinto que fazem urgência no HSM e no Hospital de São José, que funcionam com três elementos”.

Declaram que “esta situação é motivo de intenso desgaste e fadiga, porque [em média] são inscritos cerca de 100 doentes de Oftalmologia por noite”, sem recorrer a qualquer critério de urgência (verdes e azuis), o que obriga “os profissionais a estar sempre em alerta máximo”, o que faz com que, em noites que tenham de realizar cirurgias, a equipa de dois elementos tenha ainda uma sala cheia de pacientes para ver durante a madrugada.

Assim sendo, afirmam ser óbvio que equipas compostas por dois elementos são inquestionavelmente insuficientes “para fazer face a todas as ocorrências, que, mesmo com a contratação de vários profissionais externos” verifica-se uma grande sobrecarga e consequente desgaste nestes especialistas.

O SIM diz, no entanto, que o assunto “já foi exposto à nova administração do hospital que pede ‘sacrifício’, sendo que o mesmo já dura há vários anos”.

Erica Quaresma

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