Tratamentos termais estão suspensos em Vidago
Os tratamentos com água termal estão suspensos no Balneário Termal e Pedagógico de Vidago e no Vidago Palace Hotel, por questões relacionadas com os equipamentos de preparação da água
O Balneário Termal e Pedagógico de Vidago, que pertence à Câmara de Chaves, abriu em junho de 2016 após um investimento de cerca de três milhões de euros e de um protocolo celebrado com a UNICER, empresa responsável pelo fornecimento da água mineral.
Em setembro, surgiram as primeiras questões relacionadas com a água termal e, nesta nova época termal, no final de maio, o equipamento municipal reabriu, proporcionado apenas tratamentos de hidropinia (ingestão de água mineral natural) e tratamentos complementares, como medicina física e reabilitação, alguns dos quais realizados na piscina, abastecida pela rede pública.
O presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, fez questão de salientar que a qualidade da água de Vidago “é excelente” e “não está em causa”, explicando que o problema está relacionado com a “unidade de desferrização que serve o balneário termal e o Vidago Palace Hotel”. Esta unidade serve para retirar o excesso de ferro da água mineral.
“Não está a resultar a desferrização em pleno e, por vezes, associado a isso podem surgir outros problemas acessórios”, referiu o autarca.
Fonte da UNICER contactada pela agência Lusa disse que, no Vidago Palace Hotel, os tratamentos com água termal “estão também suspensos, estando apenas a ser realizados os tratamentos de hidropinia”.
“De momento, estão a decorrer intervenções de manutenção técnica nos equipamentos de preparação da água para os tratamentos termais no Balneário Termal e Pedagógico de Vidago que se encontram temporariamente suspensos”, explicou, por sua vez, a UNICER.
A fonte da empresa não prestou mais esclarecimentos sobre esta situação e reforçou apenas que, “quanto à água mineral natural de Vidago, é feita a sua monitorização regular, na origem, que atesta a sua continuada qualidade”.
António Cabeleira salientou o esforço que está a ser feito para a “resolução do problema”, reconheceu que a situação estar a causar constrangimentos ao balneário, mas disse que o equipamento não poderia estar a funcionar em pleno com “a intermitência” dos resultados das análises.
Para abrir, o balneário tem que cumprir um programa analítico de três análises seguidas, uma por semana, com bons resultados, o que não tem sido conseguido.
“Não estão a ser feitos tratamentos com água termal dentro do balneário enquanto das análises não cumprirem os requisitos”, acrescentou Paulo Alves, da empresa municipal Gestão de Equipamento do Município de Chaves.
Em causa estão, por exemplo, os tratamentos Vichy e de inaloterapia.
Num comunicado emitido pelo balneário pode ler-se que “a presente situação garante a segurança da utilização do balneário, nomeadamente do ponto de vista bacteriológico” e ainda que, “com este procedimento, pretende-se prestar à comunidade alguns benefícios, possibilitar a vinda de clientes a Vidago e procurar implementar a vertente pedagógica”.
“Entre o ter o balneário fechado e não abrir com as valências que temos disponíveis para os nossos utentes, claramente que optamos por abrir com aquilo que temos. É evidente”, frisou Paulo Alves.
Instalado na antiga estação ferroviária, o novo balneário é constituído por um conjunto de edifícios interligados onde estão instalados um ginásio de reabilitação e fisiatria, compartimentos para massagens secas, compartimentos para tratamentos termais, banhos de hidromassagem e duches vichy, duches de agulheta e duche circular, gabinetes médicos e de enfermagem, auditório e café/bar com uma pequena esplanada.
LUSA/SO/SF