SPO é hoje uma sociedade “mais sólida, participativa e rejuvenescida”

A 14.º edição do Congresso Nacional de Oncologia ficou marcada pela celebração dos 35 anos de existência da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).

Decorreu entre os dis 26 e 29 de outubro, o 14.º Congresso Nacional de Oncologia (#14CNO), no Centro de Congressos de Aveiro. A sessão de abertura, a cargo da Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), Gabriela Sousa, destacou-se pela presença de mais de 600 participantes na audiência. Uma edição que ficou marcada pela celebração dos 35 anos de existência da SPO, Sociedade que nas palavras da presidente “está hoje mais sólida, mais participativa e mais rejuvenescida”.

Com o objetivo de congregar num único espaço a comunidade oncológica, a SPO reuniu neste congresso os diversos grupos de estudos, entidades e profissionais dedicados às diferentes patologias e matérias oncológicas. Desta forma, procurou criar um programa amplo de três dias, sob o mote “Oncologia na Era da Medicina de Precisão”.

Durante a intervenção, Gabriela Sousa recordou que, pela primeira vez, “este Congresso está certificado pela European Society for Medical Oncology (ESMO) e pelo Conselho de Acreditação Europeu para a Educação Médica Continuada (EACCME)”.

Nesta sessão de abertura estiveram presentes Cristina Lacerda, Vice-presidente da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), Carlos Gregório dos Santos, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPO de Coimbra), Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) e Marta Temido, Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Cristina Lacerda frisou o papel importante que os profissionais de Enfermagem têm na prevenção, no tratamento e na investigação em Oncologia e recordou que “este ano, pela primeira vez, no dia 18 de maio, foi lançado o Dia do Enfermeiro Oncológico” pela Sociedade Europeia de Enfermagem Oncológica (EONS). Este reconhecimento foi trazido a Portugal no âmbito do Congresso, que conta com a participação da Presidente da International Society of Nurses in Cancer Care (ISNCC), Stella Bialous, e do Presidente da EONS, Daniel Kelly.

O principal representante do IPO de Coimbra evidenciou a necessidade de “integração de cuidados para responder às necessidades diferenciadas dos doentes” e a “abordagem multidisciplinar e multiprofissional da doença oncológica”. Carlos Gregório dos Santos defendeu ainda que o “acompanhamento e proximidade” são aspetos essenciais da prestação de cuidados em Oncologia e que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) tem de saber dar “respostas diferenciadas a cada tipo de problema”.

Na sua intervenção, Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos (OM), felicitou a “evolução positiva da oncologia” que se revê na forma como os oncologistas se tornaram “uma peça fundamental nos hospitais”. Referindo-se à área de inovação terapêutica e tecnológica, como uma área de “acesso tardio” para alguns doentes, o bastonário indica que a Ordem já interveio junto do Ministério da Saúde para que os processos sejam simplificados e revelou, em primeira mão, que a OM irá “criar dentro da sua própria estrutura um gabinete de apoio ao acesso à terapêutica inovadora e à inovação tecnológica”.

A sessão de abertura do Congresso Nacional de Oncologia foi o local escolhido para que, Marta Temido anunciasse a intenção de, em 2018, “alargar o financiamento ao pagamento por doente na área da próstata, pulmão e mieloma”. Em representação do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, a principal representante da ACSS, evidenciou a necessidade de se “investir na oncologia”, uma vez que “as doenças oncológicas são a primeira causa de morte prematura”. De acordo com Marta Temido, a ACSS tem a responsabilidade de “gerir os recursos que lhes são alocados anualmente pelo Orçamento de Estado e procurar fazer uma alocação eficiente desses recursos”, ressalvando as iniciativas de rastreio desenvolvidas por todo o país que tem como objetivo reduzir as assimetrias regionais de acesso aos meios de diagnóstico.

Comunicado/SO

 

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