14 Ago, 2017

Serviços de saúde reforçados no litoral de Odemira com postos de praia

 A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) reforça os serviços durante o verão, altura em que a região recebe milhares de turistas, com dois Postos de Saúde em duas praias do concelho de Odemira

Os veraneantes que se deslocam ao litoral alentejano entre 15 de julho e 30 de agosto encontram nas praias de Vila Nova de Milfontes e da Zambujeira do Mar dois Postos de Saúde com um enfermeiro cada, para prestar os cuidados necessários ou para fazer uma triagem inicial da ocorrência e encaminhamento para os serviços adequados.

“Já há vários anos existem postos de praia em Vila Nova de Milfontes e na Zambujeira do Mar, que têm o apoio diário de um enfermeiro externo, de 15 de julho a 30 de agosto”, disse em declarações à agência Lusa Horácio Feiteiro, diretor clínico dos Cuidados de Saúde Primários da ULSLA.

Além disso, os médicos e enfermeiros dos Centros de Saúde dos cinco concelhos do litoral alentejano (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira) e as respetivas extensões prestam também cuidados aos veraneantes, indicou o mesmo responsável.

“Nas extensões nas zonas das praias, como a Comporta e Melides [no concelho de Grândola], os médicos que lá dão consulta e os enfermeiros deram sempre apoio aos veraneantes”, afirmou, lembrando ainda estarem disponíveis os serviços no Centro de Saúde de Grândola, onde “há consulta de atendimento complementar até às 22:00”.

Também os Serviços de Urgência Básica (SUB) de Alcácer do Sal e de Odemira estão disponíveis 24 horas por dia, com “um reforço de mais um enfermeiro”.

Ainda sem dados deste ano para divulgar, Horácio Feiteiro indicou que dos atendimentos feitos nos serviços de saúde durante a época de verão, “cerca de 20 a 30%” correspondem a utentes que não residem no litoral alentejano, e que procuram geralmente “pequenos tratamentos”, “injetáveis” ou em casos de “alergias”.

Em Vila Nova de Milfontes, o aumento da população durante o verão, que, segundo o presidente da Junta de Freguesia local, Francisco Lampreia, passa de cerca de “8 mil habitantes” para “cerca de 40 mil”, não cria “nenhuma agravante” relativamente aos serviços de saúde.

“Felizmente, as pessoas, quando vêm de férias, até vêm mais descontraídas, não se verifica assim nenhuma agravante, nem uma procura tão grande, talvez por as pessoas estarem de férias e por não ser um período de inverno, que não haja gripes e outras doenças sazonais”, disse o autarca, em declarações à agência Lusa.

O autarca louva, no entanto, a existência do Posto de Saúde na praia, que considera servir “para responder a situações de picadas de peixe-aranha” e como “triagem e encaminhamento de situações mais graves”, que seguem depois em “ambulância” para o SUB de Odemira, a 25 quilómetros, ou para o Hospital do Litoral Alentejano, a cerca de 50 quilómetros.

O presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Milfontes aponta, no entanto, a necessidade de reforço médico na vila, onde os especialistas da Extensão de Saúde “estão bastante sobrecarregados” e “não conseguem responder a todas as necessidades da população”.

“Temos falta de médicos durante o ano todo, há utentes sem médico de família”, alertou, considerando haver necessidade de ter “mais um ou dois” clínicos nos serviços locais, não só na época de verão, mas em permanência.

LUSA/SO/SF

 

 

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