22 Set, 2017

Reformados dos lanifícios pedem intervenção de Marcelo no direito a medicamentos gratuitos

Os reformados dos lanifícios pediram a intervenção do Presidente da República e do primeiro-ministro para que seja reposto o direitos de todos os medicamentos gratuitos, mesmo que sejam genéricos, algo para o qual "os trabalhadores descontaram durante a vida ativa"

“Decidimos solicitar audiências com o primeiro-ministro e com o Presidente da República para com eles discutirmos esta questão, que, como já dissemos inúmeras vezes, se trata de um direito para o qual os trabalhadores descontaram durante a vida ativa”, referiu o presidente do Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa (STBB), Luís Garra, após um plenário de reformados dos lanifícios.

O sindicalista explicou ainda que a audiência poderá ser substituída pela intervenção direta, que no caso do Presidente da República passará pelo exercício do “magistério de influência”, e no caso do primeiro-ministro António Costa pela “indicação precisa” ao Ministério da Saúde para que a situação seja revista.

Em causa está a alteração à lei, feita pelo atual Governo, que além de ter aprovado que o pagamento passe a ser realizado diretamente através das farmácias, sem que seja necessário o utente pedir o reembolso, também introduziu uma alteração que indica que a comparticipação terá em conta o preço de referência. Segundo o STBB, na prática esta mudança “obriga” os utentes a consumirem genéricos ou a terem de pagar o valor remanescente, caso optem por um medicamento de marca e de preço superior.

Uma situação que reformados e o sindicato contestaram desde a primeira hora, porque consideram o facto um “desrespeito” por um direito para o qual os trabalhadores descontaram durante a vida ativa.

Uma luta que continuará e poderá ser visível nas visitas que os representantes da tutela façam a este concelho do distrito de Castelo Branco: “Sempre que um governante do Ministério da Saúde se desloque à Covilhã, vamos estar lá a recebê-los à moda antiga”, disse Luís Garra. Referindo que o sindicato tem “várias formas de atuação”, o presidente do STBB preferiu não especificar se a expressão “à moda antiga” se traduzirá ou não em manifestações. Garantiu, todavia, que. caso não haja nenhuma resposta até final de outubro, os reformados dos lanifícios realizarão uma vigília em data a marcar.

LUSA/SO/SF

 

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