30 Nov, 2017

Primeiros 30 mil litros de plasma português vão seguir para transformação de medicamentos

João Paulo Almeida e Sousa, presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) considera "um desafio" a utilização do plasma com vista à autossuficiência de Portugal.

Os primeiros 30 mil litros de plasma português para transformação em medicamentos vão começar a ser fracionados e, numa segunda fase, resultante de protocolos que serão hoje assinados, essa quantidade deverá atingir os 50 mil litros.

A informação foi avançada à agência Lusa pelo presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), João Paulo Almeida e Sousa, para quem a utilização do plasma português, com vista à autossuficiência de Portugal em alguns dos medicamentos provenientes do plasma fracionado, é “um desafio”.

Após anos em que o plasma remanescente do utilizado nas transfusões não era aproveitado, obrigando à aquisição dos produtos farmacêuticos produzidos com este material, Portugal vai enviar para fracionamento os primeiros 30 mil litros de plasma, oriundos do IPST.

O fracionamento do plasma será feito pela empresa Octapharma, no seguimento de um procedimento concursal de diálogo concorrencial, já concluído.

Segundo João Paulo Almeida e Sousa, destes 30 mil litros de plasma deverão resultar albumina humana, imunoglobulina e fator VIII. Existem outros produtos que resultam do plasma fracionado, mas Portugal vai continuar a adquiri-los, uma vez que não recolhe quantidades suficientes de sangue.

Uma nova fase do Programa Estratégico de Fracionamento de Plasma acontece hoje com a assinatura de um protocolo entre o IPST, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e os hospitais que mais sangue recolhem.

De acordo com João Paulo Almeida e Sousa, esta contribuição dos hospitais deverá resultar num aumento para 50 mil litros de plasma fracionado, numa ação que decorrerá em 2018 e 2019.

O presidente do IPST adiantou que este aproveitamento do plasma nacional deverá resultar numa poupança de 40% dos gastos com estes produtos, embora o principal objetivo seja maximizar o plasma recolhido e, dessa forma, “respeitar as dádivas voluntárias e não remuneradas”.

LUSA/SO

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